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Yanomami: ministro da Justiça determina inquérito para apurar genocídio e crimes ambientais na região

Mortes e muito indígenas doentes. Quem é responsável?

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, vai determinar abertura de inquérito policial para apurar o crime de genocídio e crimes ambientais na região do povo Yanomami, em Roraima. O ministro está no estado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A Polícia Federal ficará responsável, a partir de segunda-feira (23), pela investigação determinada pelo MJSP, para apurar as responsabilidades e punir os culpados. “O presidente Lula determinou que as leis sejam cumpridas em todo o país. E vamos fazer isso em relação aos sofrimentos criminosos impostos aos Yanomami. Há fortes indícios de crime de genocídio, que será apurado pela PF”, destaca o ministro.

Sofrimento

O Ministério dos Povos Indígenas divulgou que 99 crianças do povo Yanomami morreram devido ao avanço do garimpo ilegal na região. Os dados são referentes a 2022, e as vítimas foram crianças entre um a 4 anos. As causas da morte são, na maioria, por desnutrição, pneumonia e diarreia.

Situação dos indígenas é preocupante

A pasta estima que ao menos 570 crianças foram mortas pela contaminação por mercúrio, desnutrição e fome. Além disso, em 2022 foram confirmados 11.530 casos de malária no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, distribuídos entre 37 Polos Base. As faixas etárias mais afetadas estão entre os maiores de 50 anos, seguidas pela faixas de 18 a 49 anos e de 5 a 11 anos.

"Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças Yanomami em Roraima. Amanhã viajarei ao estado para oferecer o suporte do governo federal e, junto com nossos ministros, atuaremos pela garantia da vida de crianças Yanomami", disse o presidente Lula no Twitter. As ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e da Saúde, Nísia Trindade, também estão no estado acompanhando os trabalhos.

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