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MPF recorre de decisão que soltou Colômbia, suspeito de mandar matar Dom e Bruno

O caso corre no Tribunal Regional Federal da Primeira Região.

O Ministério Público Federal recorreu, nesta quarta-feira (26), da decisão que soltou Ruben Dario da Silva Villar, o Colômbia, suspeito de ser o mandante do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. O MPF já havia se manifestado contrário ao pedido de libertação do réu feito pela sua defesa.

O caso corre no Tribunal Regional Federal da Primeira Região. Entre os argumentos já apresentados pelo MPF à Justiça como justificativa para a manutenção da prisão preventiva de Colômbia, está a dúvida quanto sua real nacionalidade, já que ele possui documentos colombianos, brasileiros e peruanos.

Colômbia foi solto provisoriamente na última sexta-feira, mediante o pagamento de uma fiança de R$ 15 mil. Contra ele correm na Justiça Federal ao menos dois processos. O juiz Fabiano Verli entendeu que as medidas cautelares adotadas, entre elas o uso de tornozeleira eletrônica e a entrega de passaporte, são suficientes para manter Ruben Villar sob vigilância, apesar de reconhecer o risco de fuga.

"No caso concreto, entendo que já temos documentos relativos a Ruben, ou Rubens. Mesmo que múltiplos e mesmo que haja algumas inconsistências nos assentos colombianos, documentos há. É verdade que a conduta do preso é lastimável. Ele criou esse problemão para si. Não foi o MPF ou a PF. Não obstante isso, reafirmo: há documentos por onde se começar uma busca em caso de fuga", escreveu o juiz na decisão.

A Polícia Federal segue com as investigações contra Colômbia pelo crime de associação criminosa armada e comando de uma quadrilha de pesca ilegal no Vale do Javari, no Amazonas, usada para lavar dinheiro do narcotráfico. Há também suspeitas de ligações com políticos locais que se beneficiam do esquema.

Caso

Bruno e Dom foram assassinados a tiros quando voltavam de uma viagem pelo rio Itacoaí, no dia 5 de junho, após uma emboscada. Colômbia estava preso por conta de outro mandado de prisão, este por associação armada ligada a crimes ambientais, onde se investiga a sua relação com o crime brutal e a liderança de uma organização criminosa que usa a pesca ilegal na região para lavar dinheiro do narcotráfico na tríplice fronteira do Brasil com a Colômbia e o Peru.

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