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Deputados estaduais querem instaurar CPI para investigar tragédia na BR-319

Os parlamentares também criticaram o atraso na pavimentação do “trecho do meio” da BR-319

Após o desabamento de uma ponte na BR-319 que deixou quatro mortos e mais de dez pessoas feridas, no dia 28 de setembro, deputados estaduais do Amazonas pretendem instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as causas da tragédia.

A manutenção da ponte é de competência federal, por isso, durante sessão desta quarta-feira (05), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), os parlamentares se manifestaram de forma a pressionar o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT).

“Existe um contrato de quase R$ 40 milhões por ano [para a manutenção da ponte] que, a meu ver, não parece que está sendo utilizado, porque uma ponte não cai do nada”, disse o deputado Fausto Júnior (União Brasil). Ele destacou que além das vítimas, o acidente prejudicou o transporte e, consequentemente, a economia da região.

Segundo o deputado Serafim Corrêa (PSB), as empresas responsáveis pela manutenção da ponte estão sediadas no Paraná, e deixam dúvidas sobre sua capacidade técnica e a eficácia dos serviços prestados em solo amazonense.

“Ninguém sabe se eles subempreitam. A estrada fica trafegável no verão, mas como o DNIT não tem uma balança para conter carretas que venham acima do peso, quando começa o período da chuva a estrada se vai, ou seja, está feita a indústria da manutenção”, destacou.

Os parlamentares também criticaram o atraso na pavimentação do “trecho do meio” da BR-319 e ressaltaram que uma CPI pode investigar o imbróglio na rodovia, a começar pelo desabamento da ponte, que causou diversos prejuízos e vítimas.

“Uma CPI, primeiro, para apurar junto ao DNIT o crime que aconteceu no desabamento da ponte, porque foi uma morte anunciada”, disse o deputado Sinésio Campos (PT). O parlamentar ressaltou que dias antes da tragédia o órgão federal já tinha conhecimento da situação de risco e classificou o acidente como um “ato criminoso do Governo Federal”.

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