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Bolsonaro ficou com 3º conjunto de joias da Arábia, que inclui Rolex de diamante

O estojo inclui um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes, avaliado em mais de R$ 360 mil

Além daquelas que devolveu após ação do Tribunal de Contas da União (TCU), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou um terceiro pacote de joias dadas pelo regime da Arábia Saudita. O estojo inclui um relógio da marca Rolex, de ouro branco, cravejado de diamantes, avaliado em mais de R$ 360 mil.

A caixa de madeira clara, que traz o símbolo verde do brasão de armas da Arábia Saudita, contém uma caneta da marca Chopard prateada, com pedras incrustadas. Há um par de abotoaduras em ouro branco, com um brilhante cravejado no centro e outros diamantes ao redor.

O conjunto é formado ainda por um anel em ouro branco com um diamante no centro e outros em forma de “baguette” ao redor, uma “masbaha”, um tipo de rosário árabe, feito de ouro branco e com pingentes cravejados em brilhantes.

As informações são do O Estado de S. Paulo e foram publicadas nesta terça-feira (28). O jornal diz que Rolex é encontrado na internet por R$ 364 mil. Os demais itens, quando comparados a peças similares, somam, no mínimo, R$ 200 mil. Ou seja, essa terceira caixa de presentes custa ao menos R$ 500 mil.

Diferentemente das outras duas caixas enviadas a Bolsonaro, este conjunto de joias foi recebido em mãos pelo próprio ex-presidente, quando esteve com sua comitiva em viagem oficial a Doha, no Catar, e em Riade, na Arábia Saudita, entre 28 e 30 de outubro de 2019, de acordo com o Estadão.

O jornal lembra que, naquela ocasião, Bolsonaro teve um almoço oferecido pelo rei saudita Salma Bin Abdulaziz Al Saud. No encontro, o brasileiro disse que tinha “certa afinidade” com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salma. Segundo Bolsonaro, “todo mundo” gostaria de passar uma tarde com um príncipe, “principalmente as mulheres”.

A reportagem apurou que, neste caso, Bolsonaro voltou com o conjunto de joias para o Brasil e deu ordens para que os itens fossem levados a seu acervo privado, o que foi confirmado no dia 8 de novembro de 2019, pelo Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência.

Ainda segundo o Estadão, um formulário de encaminhamento de presentes para o presidente foi preenchido, com a especificação de cada item do conjunto de joias. Na parte inferior desta descrição, há uma pergunta que se questiona se “houve intermediário no trâmite”. A resposta é: “não”. Uma segunda pergunta questiona se o presente foi “visualizado pelo presidente”. A resposta é: “sim”.

A guarda dessas joias permaneceria no acervo privado de Bolsonaro por mais de um ano e meio, até que, no ano passado, o então presidente daria novas ordens, desta vez para ter o conjunto, fisicamente, em suas mãos, de acordo com a reportagem.

Isso ocorreu em 6 de junho de 2022, quando o sistema da Presidência registrou que os itens foram “encaminhados ao gabinete de Jair Bolsonaro”. Dois dias depois, em 8 de junho, conforme os registros oficiais, as joias já se encontravam “sob a guarda do Presidente da República”.

A assessoria do ex-presidente ainda não se manifestou sobre o mais recente caso envolvendo joias. Tampouco o próprio Bolsonaro, um dos seus filhos ou ex-ministros mais próximos.


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