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Após ameaças de ataques, governador anuncia programa de combate à violência nas escolas

SSP está de olho em alunos que ameaçam com ataques em escolas do Amazona

Governador do Amazonas em coletiva de imprensa - MARIO ADOLFO
Governador do Amazonas em coletiva de imprensa

O governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), declarou nesta segunda-feira (3), que está sendo desenvolvido um programa para combater a violência nas escolas, situação que tem preocupado pais, educadores e os próprios estudantes. O pronunciamento foi feito após a terceira ameaça divulgada de ataque à unidade escolar no estado feita por alunos somente este ano.

Na última sexta-feira (31), três adolescentes foram apreendidos após suspeita de planejar ataque contra a Escola Estadual Cívico Militar Profª Santina Felizola, em Maués. Na semana passada também houve ameaças de ataque à Escola Estadual Tereza dos Santos, em Itapiranga.

O terceiro caso aconteceu na manhã desta segunda-feira, quando um perfil anônimo divulgou mensagens em uma rede social de que haveria um massacre na Escola Municipal Sérgio Augusto Pará Bittencourt, no bairro Novo Israel, Zona Norte de Manaus.

Nas publicações, dois alunos dizem que sofrem bullying dos colegas e o ataque seria uma retaliação, semelhante à que ocorreu em uma escola da zona Oeste de São Paulo, há uma semana, quando uma professora morreu e outras quatro pessoas ficaram feridas após serem esfaqueadas por um aluno de 13 anos.

“A gente está acompanhando com muita preocupação tudo o que tem acontecido nas escolas com relação às ameaças de ataques. A gente sabe que nesse processo há muita gente que se infiltra para poder causar um caos. Nós estamos fazendo um trabalho conjunto com a Secretaria de Educação e a Secretaria de Segurança Pública porque tem algumas questões que fogem da competência educacional e passam por uma questão de segurança pública. Mas o trabalho maciço que estamos fazendo é dentro das escolas, por isso, nós estamos chamando todos os professores, pais e alunos envolvidos para entender o que está acontecendo e a gente está formatando um programa para ser lançado nesse sentido, para combater a violência que tem acontecido nas escolas”, declarou o governador Wilson Lima.

Monitoramento

A Secretaria de Estado de Educação e Desporto (Seduc) informou, em nota, que conta com uma rede de apoio e comunicação entre as Coordenadorias Distritais e Regionais de Educação, bem como com as autoridades, em busca de monitoramento constante de publicações ou ações suspeitas vinculadas às unidades educacionais, da rede estadual de ensino no Amazonas.

“As medidas de prevenção também ocorrem no dia a dia escolar, com organização do corpo docente de cada escola, junto à Secretaria, por meio de aulas expositivas, palestras, rodas de conversas, dentre outras iniciativas, com o objetivo de promover conscientização e discussões sobre temas como segurança, violência, educação socioemocional, bullying e uso correto das redes sociais”, afirma trecho da nota.

De acordo com o órgão, por meio da Rede de Proteção, Saúde e Segurança, a Secretaria de Educação, em parceria com as secretarias de Segurança Pública (SSP), e de Assistência Social (Seas), tem agido para dar seguimento aos procedimentos e protocolos corretos, como patrulhamento policial na entrada e saída dos estudantes e acompanhamento socioemocional com estudantes, a fim de evitar os danos causados por possíveis ameaças de violência, no ambiente escolar.

“Além disso, a SSP também desenvolve o Programa DPV nas Escolas, por meio do Departamento de Prevenção à Violência (DPV) em Manaus e em todas nas unidades do interior do Amazonas. Desenvolve ainda o Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd), por meio da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), dentre outras palestras realizadas por delegados da Polícia Civil (PCAM)”, finaliza.

Manaus

Sobre a situação na Escola Municipal Sérgio Augusto Pará Bittencourt, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), informa que está apurando sobre uma suposta invasão.

De acordo com a apuração, a ameaça se deu, por meio das redes socais, que é administrada por um grupo de alunos, os quais já estão sendo identificados para a comunicação do ocorrido aos pais ou responsáveis.

A Semed informa ainda que assim que ficou sabendo da situação, a gestora da unidade fez um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia Especializada em Crimes Cibernéticos, para que a página seja retirada do ar.

Para garantir a segurança da comunidade escolar, a Polícia Militar (PM) passará o dia na escola, assim como o Centro de Operações em Segurança Escolar (COSE). As aulas seguem normalmente.

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