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Vereadora Thaysa Lippy propõe a volta de casas flutuantes em Manaus

A vereadora de Manaus Thaysa Lippy (PP) fez uma indicação ao prefeito David Almeida (Avante) propondo um projeto batizado de “Casas Populares Flutuantes” em Manaus. A matéria é do site Estado Político.

O projeto consiste na construção de casas populares em balsas, segundo a vereadora. Para a parlamentar, a medida seria uma solução para os “constantes problemas ocasionados pelas enchentes, que acontecem anualmente na capital”.

“Quando a água avança para a cidade, moradores de áreas próximas aos igarapés ficam em situação de extrema vulnerabilidade e isso precisa ser discutido. O alagamento significa vulnerabilidade, perda de bens e doenças”, disse a vereadora.

A proposta de Thaysa vai na contramão da opinião de órgãos ambientais do Estado.

Nesta segunda-feira, 25, em audiência pública na ALE-AM (Assembleia Legislativa do Estado), representante da Sema (Secretária de Estado de Meio Ambiente) chegou a sugerir que os licenciamentos ambientais sejam suspensos temporariamente como ferramenta para frear que novos flutuantes surjam na região sem uma regulamentação adequada que proteja a região de danos ambientais permanentes.

Cidade flutunate em Manaus

História

Manaus já teve uma 'cidade flutuante'. De acordo com o historiador Otoni Mesquita, a cidade flutuante que se destacava no crescimento urbano da capital na década de 50 era situada nas proximidades da Feira da Manaus Moderna, no Centro. Lá funcionava uma espécie de bairro flutuante. Comércios, restaurantes, consultórios de médicos e dentistas, oficinas mecânicas.

"Essa população em geral, oriunda do interior do Estado, chegando em Manaus, não tendo para onde ir, foi se aglomerando em uma pequena área e foi criado uma espécie de bairro. Havia açougue, tabernas, várias atividades e uma certa libertinagem em relação ao local. É algo que, persistiu [cidade]. Ela sempre atraiu um noticiário local, nacional e internacional. Virou matéria em várias revistas nacionais e tinha um destaque", contou.

Em 1966 a cidade foi "demolida". À época, eram cerca 1.950 casas que compunham o bairro. Registros históricos apontam que a média era de 11 mil e 500 moradores. Até cenário de filme foi, em meados dos anos 60. Em seguida, veio a decadência.

As casas não tinham as mínimas condições de higiene e desafiavam o ordenamento urbano. Por ser a porta de entrada de Manaus, não havia hipótese de correção, só havia uma coisa a ser feita: acabar com a cidade flutuante.

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