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Policiais militares são afastados por suspeita de participação em chacina

À polícia, os militares afirmaram ter realizado a abordagem, assim como aparece nas imagens, mas negam ter praticado qualquer crime contra das vítimas.

A Polícia Civil (PC) investiga o envolvimento de oito policiais das Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) na chacina ocorrida, nesta quarta-feira, 21/12, no Ramal Água Branca 1, na Rodovia Am-010. De acordo com a Polícia Militar (PM), os militares já foram afastados das ruas. As investigações estão sendo realizadas pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) e Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD).

À polícia, os militares afirmaram ter realizado a abordagem, assim como aparece nas imagens, mas negam ter praticado qualquer crime contra das vítimas.

Os irmãos Diego Máximo Gemaque e Lilian Daiane Máximo Gemaque, e o casal Valéria Luciana Pacheco da Silva e Alexandre do Nascimento Melo, que é filho de um sargento da PM, foram encontrados mortos, na manhã desta quarta-feira. Três corpos estavam dentro do carro e um deles, no porta-malas.

As mortes

De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), um dos homens, que era o filho do militar, foi atingido com tiros de calibre 12 no rosto, que ficou desfigurado. Ainda segundo o órgão, nenhuma das mulheres estava grávida.

Todos foram mortos a tiros e próximo ao veículo, que foi jogado em um barranco, foram encontradas capsulas de arma calibre 12. Os projeteis foram removidos pela equipe da perícia técnica para que sejam comparadas com o calibre das armas usadas pelos policiais.

Carro com os corpos foi encontrado na quarta-feira

Vídeo mostra PMs

Após a descoberta dos corpos e identificação das vítimas, um vídeo que mostra os policiais realizando a abordagem passou a circular nas redes sociais. Os militares que estavam na abordagem foram identificados e, de imediato, de acordo com o comando da PM, foram afastados.

Ainda nesta quarta-feira, o homem que fez a gravação, foi identificado e encaminhado para a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) para prestar depoimento.

A reportagem apurou com o Comando de Policiamento Especializado (CPE) que os policiais confirmaram ter feito a abordagem, mas não praticado o crime de homicídio. A informação repassada é que o crime ocorreu após o grupo ter sido ‘liberado’.

Mas, conforme o CPE, os policiais são suspeitos pelos crimes e se ficar comprovado, todos serão presos.

Após tomar conhecimento das imagens da abordagem da Rocam que circulam na internet, o Comando da Polícia Militar do Amazonas (PMAM) determinou à Diretoria de Justiça e Disciplina (DJD) a imediata instauração de um procedimento investigatório para apuração dos fatos.

Fonte: Toda Hora

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