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O repórter policial Wanderley Modesto, conhecido como “O Homem do Sapato Azul”, que trabalhou com o ex-deputado Wallace Souza, no programa Canal Livre, quer processar a Netflix após a imagem dele ser divulgada na série-documentário “Bandidos Na TV”, lançada na sexta-feira (31).

O profissional informou ao EM TEMPO que não concorda com a abordagem do projeto e diz que vai buscar seus direitos na Justiça, após ter sua imagem vinculada com a de Wallace,  que chegou a ser acusado de ordenar assassinatos para exibir no programa policial. A produção da série entrevistou pessoas ligadas ao programa, como amigos, parentes e fontes policiais.

“Me convidaram por ligação para dar depoimentos, mas não aceitei. Hoje recebi muitas ligações de pessoas dizendo que eu estava famoso e aparecia na série da Netflix. Não pediram permissão para o uso da minha imagem. Eu tenho minha família e uma conduta exemplar. Nunca fui preso, nunca briguei, não quero fama, apenas trabalhei para ter meu salário. Estou conversando com advogados, que estão me orientando”, disse Modesto.

Ele adiantou que também entrou em contato com representantes da Ordem dos Advogados do Brasil do Amazonas (OAB-AM). 

Wanderley aparece em vários episódios do documentário que exibe trechos de reportagens feitas por por ele, na época contratado pelo Canal Livre. “Minha imagem era usada no programa, que pagava meu salário. Eu não posso permitir que essa produtora use o conteúdo em uma série que me associa como criminoso”, disse.

Indignado, o ex-repórter do Canal Livre ainda se defendeu. “Hoje a imprensa não pode mais chamar ninguém de bandido sem que seja tramitado e julgado. Eu não posso também ser taxado como bandido se eu não fui condenado por nada. Não vou compactuar com coisas que não sejam da minha responsabilidade”.

Para Modesto a série está prejudicando sua imagem. “Essa produtora foi sensacionalista e o que ela quer é denegrir a imagem de uma pessoa que não está associada aos crimes cometidos. Se Wallace foi um herói, ou bandido, não sou eu quem pode afirmar isso, pois eu apenas trabalhava com ele. Não dormia e nem convivia diretamente e intimamente com a família dele”, finalizou.

A reportagem tentou contato com parte da equipe de produção do documentário, mas não obteve sucesso. Uma produtora assistente e pesquisadora do projeto, disse apenas que “tudo que é passado na série, tem respaldo jurídico nacional e internacional”, e disse ainda que o repórter “é livre para procurar seus direitos”.

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