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Amazonino: ‘Acabei com a escravidão do remo’

Disposto a reerguer o interior do Estado, Amazonino relembrou ao blog do Mário Adolfo a célebre frase que disse quando distribuiu milhares de motores de popa aos ribeirinhos durante os mandatos como governador. Uma história contada com detalhes.

Ele disse que a ideia nasceu quando presenciou o sacrifício de um morador, remando por horas dentro de uma canoa, na Calha do Juruá.

“Ainda não era governador, quando estava contemplando o belo rio Juruá, na beira de um barranco, quando avistei de longe um homem numa canoa. As horas se passaram e nada daquele homem se aproximar da margem. Remava incansavelmente em direção da comunidade, em que me encontrava. Depois de horas, o homem atracou a canoa e deu para ver que ele trazia uma mulher”, lembrou o ex-governador, informando que desceu para ir de encontro ao homem que pedia socorro.

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“Percebi que a mulher estava grávida e ele perguntou onde estava o primeiro posto de saúde para levar a companheira em trabalho de parto. Ele me disse que remou por três dias do local, onde ele morava, até a primeira comunidade em busca de socorro. Infelizmente a mulher não resistiu e chegou sem vida”, completou.

Amazonino relembra que aquela cena, de um ribeirinho desgastado, sofrido e perdido em meio à Amazônia, o direcionou a governar para o interior do Estado. “Chamaram-me de populista, aproveitador, mas fui o primeiro a enxergar a dor de um caboclo, que com as mãos calejadas, era um escravo do remo. Com a ‘rabeta’, o caboclo encurtou as horas de viagem. Ele abandonou o remo e se deslocava com a canoa como mais facilidade. Eu entendo o sofrimento de um interiorano porque sou caboclo também, nascido em um seringal”, comentou.

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