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Dito & Feito - Volta e meia é peia na Zona Franca

Banco Mundial diz que floresta em pé gera mais valor do que a agricultura, mineração e extração de madeira na região

A Zona Franca não tem sossego. Volta e meia é cacete no único projeto do regime militar (pra não dizer ditadura) que, comprovadamente, deu certo.

Agora mesmo, coube ao Banco Mundial desfechar mais uma  estocada no projeto que libertou Manaus da condição de “ porto de lenha” .

Em seu primeiro relatório econômico sobre a Amazônia brasileira, o banco criticou os benefícios tributários concedidos à Zona Franca de Manaus e, em meio a debates no governo para aprovar a reforma tributária, defendeu uma revisão desses incentivos, tratados como ineficientes. As avaliações fazem parte do documento "Equilíbrio delicado para a Amazônia Legal Brasileira", que também conclui que a floresta, mantida em pé, gera mais valor do que a renda privada de agricultura extensiva, mineração e extração de madeira na região. O Banco propõe mudanças no modelo econômico para conciliar desenvolvimento e preservação.

Banco quer mudanças

As avaliações fazem parte do documento "Equilíbrio delicado para a Amazônia Legal Brasileira", que também conclui que a floresta, mantida em pé, gera mais valor do que a renda privada de agricultura extensiva, mineração e extração de madeira na região.

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O Banco propõe mudanças no modelo econômico para conciliar desenvolvimento e preservação.

Omar reage

O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi um dos primeiros parlamentares da bancada do Amazonas a levantar a voz contra as crítica do Banco Mundial.

Em pronunciamento em Plenário, ele defendeu os incentivos à ZFM e disse que cabe aos legisladores amazonenses debaterem esse assunto de forma transparente e ampla.

Nos jogam contra o Brasil

Omar criticou alguns parlamentares que falam sobre o tema sem conhecimento e que tentam jogar um estado contra outro.

— Um chegou a dizer que, porque o ministro Alexandre de Moraes manteve os incentivos da Zona Franca de Manaus, o preço da carne iria subir. Joga o Amazonas contra o Brasil.

Política medíocre

Para Omar, isso é uma “forma medíocre”  de se fazer política, jogar um estado contra o outro, jogar o Amazonas contra o povo de Goiás, contra o povo de Minas, contra o povo de São Paulo –, afirmou.

Somos brasileiros

Omar Aziz lembrou que os amazonenses são brasileiros, com o diferencial de morarem numa região para onde, se não houver a excepcionalidade de cargas tributárias, é impossível se levar uma indústria.

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Ele destacou que a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) decidida pelo governo federal em 25 de fevereiro, não provocou, na ponta, nenhuma diminuição dos preços para o consumidor.

De quem é a culpa?

Aziz acrescentou que a culpa pela inflação não é de quem produz televisão, ar-condicionado, motocicleta e eletroeletrônico, mas de uma política econômica “errada”, promovida pelo ministro Paulo Guedes, da Economia.

Mas isso é verdade

Apesar das críticas negativas, o Banco Mundial também cutuca algumas verdades.

Segundo o relatório, cerca de 28 milhões de brasileiros vivem em estados amazônicos, dos quais mais de um terço são pobres e residem, em sua maioria, em áreas urbanas.

Não é solução

O Banco Mundial afirma que os benefícios fiscais a atividades industriais na Amazônia não ajudaram a estimular o crescimento da produtividade e devem ser reavaliados, ressaltando que oferecer mais incentivos tributários para as empresas não é a solução.

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Com os benefícios fiscais aos fabricantes instalados na Zona Franca, o governo abre mão de arrecadar aproximadamente R$ 24 bilhões ao ano, segundo dados da Receita Federal.

Admirável mundo novo

Contrate na academia: Agora é mais wathsApp, menos esteira

De um importante personal training  sobre o que ele observa nas academias, nos dias atuais:

— Boa  parte daqueles que vão às academia para malhar, exercitam somente os dedos. Sentam-se nos bancos dos aparelhos e passam mais tempo interagindo no celular do que, de fato, malhando.

Sambódromo, reforma já!

Está na hora do Sambódromo de Manaus passar por uma reforma. Ao menos no que diz respeito á manutenção. Quem tem ido aos ensaios do boi de Parintins tem observado buracos, calçamento quebrado, mato crescendo, banheiros sem luz, descargas quebradas e  iluminação externa franca.

Quase sai

O governo do Estado chegou a homologar,  em março de 2021,m a licitação para reformar o Sambódromo de Manaus, por R$ 2.195.827,16.

Mas, um ano depois, foi publicada no Diário Oficial do Estado a revogação da licitação.

Sequelas da pandemia

A justificativa foi que o cenário econômico brasileiro e mundial ocasionado pela pandemia da Covid-19 “impactou diretamente no planejamento das despesas da Secretaria para o ano corrente”.

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O motivo é compreensível. Mas agora, mais do que nunca, a reforma  e faz necessária. Está na hora, não é?

O que vem por aí

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates (PT), anunciou que a estatal deve decidir nesta semana os reajustes de combustíveis e a nova política de preços praticada pela estatal.

Nem lá, nem cá

De acordo com Prates, o novo formato deverá evitar tanto a estagnação de preços quanto o que chamou de “maratona” de reajustes.

— Não precisamos voltar ao tempo em que não houve nenhum reajuste no ano inteiro. Em 2006 e em 2007 aconteceu isso.

Lembram de 2017?

Prates também observa não precisamos viver dentro da maratona de 118 reajustes para um único combustível, como foi em 2017.

— Foi isso que levou à crise enorme da greve dos caminhoneiros –, afirmou durante a coletiva.

Cuidando do paraíso

A Prefeitura de Manaus realizou um importante trabalho de limpeza na praia da Lua.

Com isso, reduziu o problema de poluição e descarte inadequado de resíduos no paraíso amazônico.

Os profissionais da  prefeitura fizeram a sua parte.

No entanto, a população tem que fazer a sua. No final da operação, a equipe conseguiu recolher uma grande quantidade de lixo, incluindo garrafas plásticas, latas de alumínio, sacos plásticos, entre outros.

Uma equipe 20 servidores executaram a limpeza  da praia da Lua

Tragédia Yanomami

Dedo na ferida: Hekurari Yanomami aponta os culpados pelo sofrimento de seu povo

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami, Junior Hekurari Yanomami, afirmou em entrevista ao UOL News desta sexta-feira que o governo Bolsonaro virou as costas para o povo e os deixou morrer em meio aos garimpeiros. Reportagem do UOL mostra que o governo Bolsonaro sabia de avanço do garimpo na Terra Yanomami, mas não agiu.

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— Isso é grande culpa do governo Bolsonaro, que deixou a gente sofrer sozinho em meio aos garimpeiros. Muitas mulheres sofreram, muitos adultos morreram por envenenamento nas terras yanomamis.

Não honrou a farda

Hekurari também responsabilizou o general Hamilton Mourão,à época vce-preside te da República.

— Isso nós relatamos para todas as autoridades, o próprio ex-vice-presidente da Republica, Hamilton Mourão, sabia que tinha muitos garimpeiros na terra yanomami, mas simplesmente virou as costas para o povo, não salvaram o povo yanomami.

ÚLTIMA HORA

INJUSTIÇA – Preso injustamente, porteiro que passou três anos preso ganha liberdade

Quando a justiça é injustiça: o porteiro Paulo Alberto ficou três ano na prisão, mesmo sendo inocente

Depois de cumprir três de oito anos de prisão injustamente, acusado em 62 ações penais apenas com reconhecimento fotográfico, o porteiro Paulo Alberto da Silva Costa, de 36 anos, foi solto, na noite da última sexta-feira (12). A decisão foi tomada pela Terceira Seção da Corte, alegando falta de prova suficiente para a condenação.

Na saída do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, Rio de Janeiro, Paulo foi acompanhado pela mãe e a irmã. Na ocasião, à imprensa, ele declarou ter sido vítima de racismo no julgamento. As informações são do “Metrópoles”.

Emocionado, o porteiro comemorou a liberdade: “Estou muito feliz de estar perto da minha família, saber que vou ver meus filhos. Acabou aquele inferno lá dentro, [que vivi] injustamente”.

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Segundo ele, o mais difícil foi ficar longe de sua família durante esse tempo. “Você quer mostrar que é inocente, mas não tem como. Se não fosse minha família, Deus em primeiro lugar, não sei”, refletiu.

ORGULHO

A Amazônia Legal registrou o menor acumulado de avisos de desmatamento em abril desde 2019. A informação é da plataforma Terra Brasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que reúne dados de três tipos de desmatamento na região. Em abril de 2023, foram contabilizados 328,71 km² afetados pelo desmatamento na Amazônia. Esse número representa queda de 67,97% em relação ao mesmo mês de 2022, quando foram contabilizados 1.026,35 km². Ainda bem!

VERGONHA

O deputado distrital João Hermeto de Oliveira Neto (MDB-DF) foi condenado pela 7ª Vara Cível do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios) a indenizar por dano moral um casal homoafetivo após enviar um comentário homofóbico em um aplicativo de mensagens. Hermeto deverá pagar indenização de R$ 8 mil por classificar como "pederastia" uma foto de dois casais homoafetivos se beijando em uma formatura da PM, em janeiro de 2020. As declarações de Hermeto ocorreram em janeiro de 2020, após o então soldado Henrique Harrison da Costa publicar uma foto beijando o namorado à época, ao lado de duas colegas lésbicas, durante formatura da Polícia Militar.

— Minha corporação tá se acabando. Meu Deus! São formandos de hoje. Na minha época, era expulso por pederastia –, escreveu o deputado distrital, que é subtenente da PMDF, em um grupo de troca de mensagens, na época.

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