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Dito & Feito - Por que franco atirador, aliado de Bolsonaro, teve 'tratamento VIP'?

PF, mesmo sendo alvo, vira motivo de vergonha ao tratar aliado de Bolsonaro com tape vermelho. Só faltou um uísque.

Depois de abrir fogo contra agentes da Polícia Federal, na manhã deste domingo, 23, ferindo dois policiais,  o ex-deputado Roberto Jefferson, teve tratamento diferenciado pelos agentes que viram os próprios companheiros sendo feridos pela ação tresloucada do aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um vídeo que circula entre delegados da Polícia Federal mostra o momento em que um agente de segurança entra na casa do ex-deputado federal Roberto Jefferson após ele atirar com um fuzil e jogar duas granadas contra uma equipe que tinha ido à sua casa prendê-lo por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Em vídeo que vazou nos telejornais e nas redes sociais, o policial do Grupo de Pronta Investigação da Polícia Federal aparece dizendo a Roberto Jefferson.

— O que o senhor precisar a gente vai fazer – disse o policial de forma meiga e abrindo um sorrisão para o franco atirador. A fala gerou desconforto entre delegados da PF. O ex-deputado feriu a agente Karina Miranda e o delegado da Polícia Federal Marcelo Vilela.

Fátima cutuca

A jornalista e apresentadora Fátima Bernardes também se mostrou incomodada com a maneira com que Roberto Jefferson foi tratado pelo governo após atacar agentes da Polícia Federal.

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Em um vídeo postado nas redes sociais nesta segunda-feira (24/10), ela sugere que o ex-deputado recebeu tratamento especial por ser aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Fátima cutuca 2

Ao citar o ataque de Jefferson com tiros e granadas contra os policiais, Fátima destaca o pedido de Bolsonaro de enviar o ministro da Justiça, Anderson Torres, para ajudar na rendição do ex-parlamentar. Ela reflete se qualquer brasileiro naquela situação seria tratado da mesma maneira.

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— Será que nós receberíamos como tratamento o Ministro da Justiça do Brasil acompanhando a nossa rendição? Ou será que isso aconteceu porque o ex-deputado Roberto Jefferson é aliado do nosso presidente? –, disse.

Mau caráter

Ex-esposa de Eduardo Pazuello, a dentista Andréa Barbosa falou sobre as ações do ex-marido quando ele ocupava o cargo de ministro da Saúde. Segundo Andréa, o ex-ministro deu festas enquanto estava na cidade para acompanhar a calamidade pública causada pela falta de oxigênio, em janeiro de 2021.

Não tinha oxigênio...

Andréa conta que ligou para o ex-marido após uma coletiva em que ele afirmou que a única opção era esperar pela chegada do oxigênio à capital amazonense.

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— Eu falava que o que ele estava fazendo era crime, que ele ia ser responsabilizado, que era negligência sim. Que tinha gente morrendo a um quilômetro abaixo da casa dele no momento que ele estava dando uma festa –, afirmou dentista em entrevista ao canal MyNews, no Youtube, na noite dessa segunda-feira (24).

...Mas whisky tinha!

Andréa afirma que ficou sabendo da festa porque sua filha estava presente no local e pediu para a empregada buscá-la. Quando a funcionária voltou, ela teria dito a Andréa que tinha “whisky rolando” no evento.

Saco preto

A ex-mulher de Pazuello conta que ela gritava no telefone com ele.

—  Você está dando festa, comemorando o quê, morte?’. Ele começou a me fazer de louca no telefone.

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Segundo Andréa, o general  dizia:

— Você não tem nada a ver com isso. Tenho uma preocupação sim, comprar os sacos pretos –, disse Andrea em entrevista ao programa Segunda Chamada, do canal My News.

As revelações da ex de Pazuello

Marido “incompetente”

No momento daquela festa, a ex-senhora Pazzuelo viu o “descaso da equipe toda que trabalhava naquele ministério. Um ministério militarizado, cheio de pessoas incompetentes”, comentou ele, observando que  Eduardo [Pazuello] não sabia, sequer, o que é vírus.

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—  Ele falou que cloroquina era um antiviral, em pleno depoimento na CPI. Ele nunca soube o que era SUS [Sistema Único de Saúde].

Desconhecia o SUS

De acordo com Andréa, isso o ofende muito porque ela viveu o SUS.

— Sou dentista, fui da saúde pública. Como assim, uma pessoa que conhecia o meu trabalho falar que não sabia o que era SUS? –, questionou Andréa.

Agora prova

Após o ministro das Comunicações, Fábio Faria afirmar durante coletiva de imprensa, segunda-feira (24), que a campanha de Jair Bolsonaro (PL) entrou com ações no TSE alegando que o presidente teve 154 mil inserções a menos que o ex-presidente Lula em rádios – principalmente do Nordeste –, o ministro Alexandre de Moraes deu prazo de 24 horas para que sejam apresentadas provas que comprovem os números apresentados por Faria.

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Conforme o despacho, caso as denúncias não sejam provadas, a coligação do presidente poderá ser enquadrada por crime eleitoral. Segundo Alexandre de Moraes, a petição protocolada pelo partido não possui “qualquer prova e/ou documento sério”.

Vexame do 01

O senador Flávio Bolsonaro (PL) publicou uma imagem falsa no story do Instagram no último sábado, 22.

Na montagem, o mega influenciador Casimiro, que tem mais de 3 milhões de seguidores, segura balões com o número 22, em apoio a Jair Bolsonaro (PL).

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A foto original foi tirada em comemoração ao aniversário do streamer e, na realidade, ele aparece com o número 29 em mãos, em referência a sua idade.

Meu voto é 13

Fake desmascarado: Casimiro postou a foto original, montada para o número 22 por Flávio Bolsonaro

Assim que acordou e viu a montagem tosca, fake news compartilhada pelo 01, Casimiro usou as redes para repudiar o ato. E, para completar, fez questão de afirmar seu apoio a Lula (PT).

— Repudio a utilização da minha imagem sem autorização para fins eleitorais e reafirmo minha posição de insatisfação com o atual governo. Como sabem, dia 30 meu voto é 13 –, escreveu.

Record no Twitter

A revolta do streamer atingiu a marca de 1 100 000 curtidas até o momento, o que a torna a postagem mais curtida da história do Twitter no Brasil, que teve versão em português lançada em 2009.

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O recorde anterior era do jogador Vinícius Junior, do Real Madrid, em que comentava o caso de racismo sofrido por um apresentador de jornal espanhol.

A farsa de Tarciso

O jornalista Rodrigo Vianna afirmou nesta terça-feira (25) pelo Twitter que "tudo leva a crer que Tarcísio armou uma farsa em Paraisópolis".

Vazou um áudio no qual um integrante da equipe da campanha do candidato ao governo de São Paulo pressiona um cinegrafista a apagar as imagens do tiroteio na comunidade.

Farsa: Tarcísio conversa descontraidamente no chão. Isso é clima de " atentado"?


Tentou criar fato

O fato foi usado eleitoralmente por Tarcísio e bolsonaristas. Ao publicar o áudio, onde o  assessor manda o cinegrafista apagar a imagem de um grupo envolvido na confusão,  o jornalista chama a atenção para um detalhe:

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— Reparem que a grande preocupação é com a imagem de um sujeito "de colete". "Tem que apagar"! Por que ele não pode aparecer? Dias antes, militares confirmaram a informação de que um agente da ABIN está na equipe de Tarcísio. Por que um agente da ABIN está na campanha? – questiona.

Ninguém é otário

O deputado federal eleito Guilherme Boulos (Psol) usou as redes sociais para criticar o candidato a governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), após o vazamento de um áudio no qual um integrante da campanha de Tarcísio pressiona um cinegrafista da Jovem Pan a apagar imagens do tiroteio que interrompeu um ato de campanha em Paraisópolis, favela da Zona Sul de São Paulo.

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— Equipe de Tarcísio mandou cinegrafista apagar vídeo de tiroteio em Paraisópolis. Tarcísio acha que os paulistas são otários? –, postou Boulos no Twitter.

ÚLTIMA HORA

BOLSONARO AFASTOU BRASIL DO  VATICANO –  Eleições preocupam o Papa Francisco

Além do Sínodo, a aproximação de Lula com o Papa Francisco também irritou Bolsonaro

As eleições no Brasil são acompanhadas com preocupação pelo Vaticano. A Secretaria de Estado está a par de todos os desdobramentos em relação às eleições brasileiras. Muito antes desse pleito, uma série de eventos não só colocou o governo central da Igreja Católica em estado de alerta, como abalou as relações entre os dois países. As rachaduras começaram a se tornar mais salientes após o Sínodo da Amazônia, de 2019. O próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) admitiu, na época, que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) monitorava de perto a assembleia eclesial, alegando "ameaças à soberania nacional" por parte do Vaticano.  Mesmo assim, Roma não abriu mão de seus princípios, condenando a degradação do meio ambiente no território e os constantes ataques às comunidades indígenas.

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Bolsonaro, ao contrário dos presidentes católicos do mundo todo, nunca visitou o papa. Quando esteve em Roma, em 2021, se justificou dizendo que "problemas com a agenda" o impediram de marcar um colóquio com o pontífice. O mandatário brasileiro também faltou à canonização de Irmã Dulce, a primeira santa brasileira, em 2019, enviando o vice-presidente Hamilton Mourão no seu lugar. Na época, levantou-se a suspeita de que Bolsonaro não queria se indispor com os evangélicos.

ORGULHO

Além de bilionário, Bill Gates tem um bom coração. O empresário anunciou a doação de US$ 1,2 bilhão – mais de R$ 6,3 bilhões – para eliminar a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil. O dinheiro será doado através da fundação dele. Situações como a guerra na Ucrânia, inundações no Paquistão e a pandemia de Covid desestabilizaram os esforços globais para vencer a paralisia infantil.

“A erradicação da pólio está ao nosso alcance. Mas até onde chegamos, a doença continua sendo uma ameaça”, disse Bill Gates, co-presidente da fundação, em comunicado.

VERGONHA

A campanha de Décio Lima (PT), candidato ao governo do estado do Santa Catarina (SC), veiculou no programa eleitoral deste sábado (22) um áudio atribuído ao empresário bolsonarista Luciano Hang, dono das Lojas Havan, propõe que o secretário de Fazenda do estado, Paulo Eli, atrase o salário do “diabo dos professores” e “demita metade”. Na gravação, feita em 2018, o “véio da Havan”, como é conhecido, e Paulo Eli travam uma conversa sobre impostos. Nela, Hang se irrita ao ser cobrado pelo secretário para que pague os impostos devidos por suas lojas para que ele possa cumprir os compromissos do estado com os servidores. O empresário reage de maneira agressiva diante da colocação de Paulo Eli.

— Eu tenho que pagar o salário dos professores. Eu tô na iminência de atrasar salário. Eu quero o imposto das lojas –, cobra o secretário. Ao responder, Hang pede a Eli que atrase o salário dos professores.

— Atrase o salário dos professores. Demita metade. Demita metade dos diabo dos professor (sic). Vocês tão pensando só no imposto de vocês pra pagar o diabo dos professor. Demite a metade!.

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