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Dito & Feito: Estão matando o nosso carnaval!

Já não ouvimos mais marchinhas, sambas de enredo. A onda agora é sertanejo universitário, forró, funk e música eletrônica

O carnaval mudou ou mudamos nós? Esta é a questão que ficou no ar na quarta-feira de Cinzas do Carnaval 2023.

A mudança no modus operandi da folia pôde ser constatada nos diversos locais da cidade onde pipocaram novos bloquinhos, bandas tradicionais e até no desfile das escolas de samba do Grupo especial, no Sambódromo. Dois anos depois com os estandartes e tamborins mofando no depósito, o que se viu foi uma comemoração sem grandes empolgações e até certo ponto apática. Não foi só na visível queda do público, mas também no comportamento de alguns foliões que se limitavam a contemplar o que estava rolando na folia de Momo.

— Na verdade, estão matando o carnaval! – desabafou um homem de meia idade, de cabelos grisalhos, na tarde de terça-feira, no Galo de Manaus, durante o show do cantor George Japa, que desfiou no repertório músicas que nada tinham a ver com o carnaval. Acredite ou não, a música mais conhecida que japa cantou foi o clássico infantil “Atirei o Pau no Gato”.

O que salvou o tradicional Galo – que antes arrastava multidões na pista da Avenida das Torres e hoje está confinado dentro do Sambódromo –, foi o espetacular show de Antônio Bahia que, finalmente,  fez a galera tirar o pé do chão. Embora muitos gost6em, o estilo  sertanejo Universitário, funk, música eletrônica e forró não estão satisfazendo quem sai de casa para brincar ao som de velhas marchinhas e sambas de enredos de escolas de samba.

Isso tem que ser repensado. Evoé!

Toca Alceu!

Até mesmo o bom e velho frevo importado de Pernambuco, uma marca do Galo de Manaus, não estava empolgando muito os foliões, que permanecia apático no início da apresentação.

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Na verdade os foliões só responderam aos sopros dos metais a partir do momento em que a Banda Oficial do Galo atacou de Alceu Valença e Mamonas Assassinas. Aí sim, o palco “Zezinho Corrêa”  ferveu!

Abenção Pinheiro!

Antônio Bahia: show impecável no Galo de Manaus

Falando em Antônio Bahia, o artista fez uma homenagem a Roberto Pinheiro, pesquisador da história do samba e um dos compositores de marchinhas de carnaval, morto há quatro anos.

— Essas mãos já foram abençoadas por Dona Ivone Lara, através do meu pai espiritual, Mestre Pinheiro! – disse Bahia.

Sambódromo

Num sábado gordo, no desfile das escolas do Grupo Especial as arquibancadas do bumbódromo estavam  vazias.

Talvez pela forte chuva que  desabou sobre Manaus, o expectador de carnaval resolver não sair de casa.

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Até o desfiles do G.R.E.S Andanças de Ciganos e do G.R.E.S Reino Unido podiam ser vistos lances de arquibancadas completamente vazios.

Morro presente

Aliás, a única arquibancada  cheia era a da torcida organizada da Reino Unido, que deve ter mobilizado sua fiel comunidade do Morro da Liberdade, para torcer pela agremiação verde e branco.

Bica perde o foco

Até mesmo a melhor banda de Manaus, a Banda Independente e Confraria do Armando (Bica) abandonou o velho estilo da sátira política, do escracho, do humor  e da crítica social, que tanto despertava polêmica e atraia foliões mais engajados.

Sem humor

O tempero de humor e da crítica aos políticos – que não poupava, vereadores, deputados , senadores e  muito menos governadores  – marcou  o estilo Bica de brincar carnaval com liberdade e humor no tempo do português Armando Soares que, justiça seja feita, nunca interferiu no temas  abordados pela banda.

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— Não me meto nisso, “queiralho”! Meu negócio é vender cerveja, ora pois, pois! –, costuma dizer o português quando alguém aparecia para reclamar das críticas às “vítimas” dos enredos da banda.

Bolsonarou

Isso deixou de existir a partir do momento em que a nova comandante da banda, Ana Cláudia, filha de Armando, declarou que a banda passaria a ser bolsonarista e recusou marchinhas de cunho político.

Banda sem sal

A empresária também passou a cobrar ingresso em determinados setores do bar, coisa que nunca houve em outros carnavais.

Sem marchinhas engraçadas e dividindo os foliões em duas categorias – os com dinheiro e os sem dinheiro –,  a Bica se tornar uma banda “ morna”, “ sem sal” e com temas bem comportados, quase líricos.

Gal no carnaval

Foliã do Galo de Manaus homenageia a cantora preferida

Falando em humor, uma foliã do Galo de Manaus, morena, exibindo uma flor vermelha na vasta cabeleira cacheada arrancava risos ao girar e mostrar a placa que estava colada nas costas: “Meu nome é Gal”.

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Foi uma forma simpática de homenagear sua cantora preferida, morta há poucos meses.

Peixada

Vai ter fartura de peixes no período da Quaresma.

Ao menos é o que garantem as Feiras de Produtos Regionais da Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS), do Governo do Estado.

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Em todas as edições da ADS serão ofertadas espécies como matrinxã, tambaqui, pirarucu, pacu e tucunaré, além de processados e filés.

Barato e fresco

Os pescadores e piscicultores que participam das edições na capital possuem diferentes espécies de pescado, sempre frescos, com qualidade e o melhor custo benefício.

Senador invasor

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) entrou na Terra Indígena Yanomami, nesta segunda-feira (20), de forma irregular e vai ter que se explicar à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) apontou irregularidades na.

Entrou na marra

A entrada do senador no território ocorreu sem aval da Funai e sem

que houvesse um acordo prévio com o Centro de Operação de Emergências (COE), um colegiado constituído para comandar as ações de emergência voltadas aos yanomamis.

Defensor de garimpeiro

Rodrigues é um defensor do garimpo em terras indígenas. No último dia 15, ele foi eleito presidente da comissão temporária do Senado sobre a situação dos yanomamis.

Operação Lava Toba

Para quem não lembra, Chico Rodrigues  é aquele senador que, em agosto de 2021, foi flagrado pela Polícia Federal, em outubro, tentando esconder R$ 33 mil na cueca durante operação.

O episódio ficou conhecido como “Operação Lava Toba”

Felipe Neto no combate...

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou nesta quarta-feira (22) um grupo de trabalho, que será presidido pela ex-deputada Manuela D’Avila e tem o influenciador digital Felipe Neto entre os integrantes, para apresentar “estratégias de combate ao discurso de ódio e ao extremismo” e propor políticas públicas sobre o tema.

... discurso de ódio!

O grupo de trabalho, composto por cinco representantes do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania e por 24 representantes da sociedade, foi instalado por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União.

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O GT terá duração de 180 dias, com a possibilidade de prorrogação. Ele será responsável por realizar estudos, debater estratégias e propor políticas públicos de combate ao ódio e ao extremismo.

ÚLTIMA HORA

Janja estreia no carnaval com o pé direito

Madrinha da Imperatriz Leopoldinense, escola da primeira-dama ganha o carnaval e cala a boca da  youtuber Antônia Fontenelle.

Agredida nas redes por Antônia Fontenelle, Janja foi convidada pra ser madrinha da Velha Guarda da Imperatriz

Madrinha da ala da Velha Guarda da Imperatriz Leopoldinense, a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, comemorou o título conquistado pela escola de samba no Grupo Especial do carnaval deste ano — após 22 de jejum e um ano depois de retornar à elite. “Parabéns para a minha querida @oficialgresil, campeã do Carnaval Carioca, com um enredo histórico sobre Lampião. Muito grata por ser madrinha da Velha-Guarda da Escola este ano!”, escreveu Janja no Twitter.

Uma crítica promovida pela youtuber Antônia Fontenelle à roupa que a primeira-dama Janja Silva usou no domingo (1º), durante a posse do presidente da República, causou profundo mal-estar no mundo do samba.

Ao criticar o look escolhido, Antônia disse "É isso. Isso aqui é a velha-guarda da Imperatriz Leopoldinense", disse.

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Na sequência, uma seguidora pergunta o motivo da comparação com a escola, e a youtuber responde: "Escola apática, nem fede, nem cheira. É a Imperatriz Leopoldinense. Nem é a velha guarda da Mangueira, da Mocidade ou da Grande Rio", disse.

Ao tomar conhecimento da comparação, a presidente da agremiação, Cátia Drumond,  convidou a primeira-dama para desfilar em 2023 como madrinha de sua velha-guarda. "Após os ataques à primeira-dama do Brasil e à nossa agremiação, convidamos publicamente a querida @janjalula para desfilar como madrinha de nossa galeria da velha-guarda no carnaval de 2023", postou a escola em suas redes sociais.

ORGULHO

A menina Pixie Curtis já trabalhou muito, ficou rica e resolveu se aposentar

Uma influenciadora australiana de 11 anos de idade informou aos seguidores que vai se aposentar. Pixie Curtis lucra com 110 mil euros por mês, cerca de R$ 680 mil, e disse que, agora, quer focar nos estudos. Pixie possui uma marca de brinquedos, a Pixie’s Bows, desde 2011. A mãe dela, Roxy Jacenko, comunicou que a loja vai continuar funcionando, mas sem pressão para a filha. No quesito faturamento, a pequena Pixie parece ter puxado a mãe. Roxy, que trabalha com Relações Públicas, é dona de várias empresas de comunicação e de uma mansão avaliada em 3 milhões de euros, cerca de 19 milhões de reais.

VERGONHA

A religiosidade de Michelle Bolsonaro só existia da porta do palácio pra fora

Uma denuncia muito grave contra Michelle Bolsonaro está rondando no Ministério Público do Trabalho (MPT), após alguns funcionários acusarem a ex-primeira dama de assédio moral, alegando que foram “mal tratados” pela esposa de Jair Bolsonaro. Além da mulher de Jair Bolsonaro, o pastor Castelo Branco também foi acusado de ajudá-las nos assédios. Segundo informações do documento que consta no MP, ele fazia ameaças frequentes de demissão.

Além disso, o “pastor do capeta”, como era chamado, também fazia intimidações aos funcionários ao dizer que suspenderia o lanche de quem questionasse suas ordens.

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