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Dito & Feito: As ligações perigosas de Bolsonaro

As ligações de Bolsonaro com grupos fascistas que fomentam o golpe a centenas de milhas daqui não é novidade para ninguém que esteja antenado com as artimanhas políticas nos porões da Corte de Brasília

O cacique pastor – ou seria um pastor cacique? –, José Acácio Serere Xavante, cuja prisão pela Polícia Federal provocou a madrugada de fúria em Brasília na terça-feira (13), estaria sendo bancado por grupos de extrema direita de fora do Brasil e por ruralistas de São Paulo. Não é à toa que o índio era recebido no Palácio da Alvorada, tinha trânsito livre no meio bolsonarista e até comia do bandejão de Michelle Bolsonaro, distribuído no acampamento bolsomínion da residência oficial da presidência da república.

As ligações perigosas  de Jair Bolsonaro com esses grupos fascistas que fomentam o golpe a centenas de milhas daqui não é novidade para ninguém que esteja antenado com as artimanhas políticas nos porões da Corte de Brasília. De acordo com a jornalista Carla Jimenez (The Intercept Brasil) , quando a Alemanha prendeu 25 manifestantes radicais de extrema direita que planejavam um atentado violento ao Parlamento na semana passada, soube-se que entre eles estava Rüdiger Wilfred Hans Von Pescatore, que viveu em Santa Catarina com a família recentemente. Tem duas empresas em seu nome no sul do Brasil.  É público e notório que o governo Bolsonaro teceu relações estreitas com políticos de extrema direita, inclusive com a deputada alemã Beatriz von Storch, do partido ultradireitista,  Alternativa para a Alemanha (AfD).

Neta de nazista

Neta de Lutz Graf Schwerin von Krosigk ,  ministro das Finanças de Hitler, a deputada alemã e vice-líder do partido neonazista AfD, Beatrix von Storch, esteve reunida no Palácio do Planalto com o presidente Jair Bolsonaro.

2021: Bolsonaroo com a neta do ministro de Hitler, deputada alemã Beatriz von Storch

Aliança com Jair

O encontro, que ocorreu fora da agenda oficial, veio a público no dia 26 de julho de 2021, uma  nesta segunda-feira.

Na época, Storch sugeria inclusive criar uma aliança conservadora com o presidente militar brasileiro.

Índio bolsonarista

Já o  indígena bolsonarista José Acácio Serere Xavante, preso temporariamente nesta segunda-feira (12) por atuação em atos antidemocráticos, tem um perfil curioso, entre detenções e o título de pastor evangélico.

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Conhecido como cacique Serere, o indigena é “famoso” nas redes sociais pelo seu posicionamento extremista em apoio ao atual líder do Executivo, Jair Bolsonaro (PL).

Financiador

O índio bolsonarista – que não é cacique coisa nenhuma –  ainda estaria sendo financiado pelo fazendeiro paulista, Dide Pimenta, natural de Araçatuba, que tem propriedade em Campinápolis, informou o Correio Braziliense.

Fazendeiro é cúmplice

Na gravação, Dide afirmou que foi procurado pelo Cacique porque “queria ajudar na manifestação”.

Ele contou que junto com um grupo de amigos enviou os indígenas em “oito ônibus de índios” e no domingo (11) mandou “outras etnias” para Brasília.

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Agora, no entanto, o grupo estaria com “dificuldade de manter os índios”, por isso estão recebendo “doações” entre R$ 30 a R$ 500, que seriam feitas por PIX.

Impedir diplomação...

A prisão temporária de Serere Xavante foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, a partir de um pedido da Procuradoria-Geral da República (PRG).

... na bala!

Na decisão sobre a prisão, Moraes destacou que o cacique “convocou expressamente pessoas armadas para impedir a diplomação dos eleitos“, que aconteceu ontem na capital federal.

Cadeia neles!

E por falar nos fascistas  de Brasília que não aceitam o resultado da eleição, o futuro ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), afirmou, nesta quarta-feira (14), que houve avanços na identificação dos envolvidos nos atos de vandalismo na área central da capital federal, na noite de segunda-feira (12).

Posse segura

Dino garante que  o protesto não vai impactar a programação da posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 1º de janeiro de 2023.

— Estamos avançando, tanto na investigação da Polícia Civil do DF quanto na nossa equipe de transição –, disse, o futuro ministro ao comentar sobre a noite de segunda-feira (12), quando manifestantes depredaram a sede da Polícia Federal e atearam fogo a carros e ônibus.

Prêmio Lixo Zero

Manaus venceu a edição 2022 do Prêmio Lixo Zero, na categoria “Iniciativa Pública/ Comunicação”, pelas ações da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp).

A cerimônia de entrega acontece na quinta-feira (15), em Cuiabá.

Manaus é bi

Esta é a segunda vez que Manaus recebe um prêmio. Em 2020, o coletivo ganhou na categoria “Encontro Municipal de Boa Práticas”.

A Semulsp  conseguiu desviar do aterro de Manaus 93,5% dos resíduos produzidos no órgão.

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Os materiais orgânicos gerados estão sendo processados em composteira e biodigestor instalados na própria secretaria.

Amarga herança

A desordem deixada pelo governo Bolsonaro é uma herança amarga e cheia de rombos.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá apresentar nos próximos dias um relatório detalhado, elaborado pela equipe de transição, sobre o legado caótico deixado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).

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— A atual gestão é um governo com o corpo muito grande e a cabeça muito pequena" e que não "preparou a administração desse país – disse o presidente que toma posse em 1º de janeiro.

Sem show de pirotecnia

Lula afirmou que irá apresentar, "sem fazer um show de pirotecnia", a situação encontrada em áreas como educação, saúde e ciência e tecnologia.

— Para que a sociedade saiba. Porque se não apresentarmos agora, seis meses depois estará nas nossas costas os desmandos feitos pelo atual governo –, disse.

Receita alerta

A Receita Federal emitiu alerta que orienta os contribuintes sobre novas falsas mensagens que estão circulando nas redes, se fazendo passar pela instituição.

As mensagens enganosas falam sobre divergências no Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) e cobram multa.

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A orientação oficial é para que os contribuintes não abram nem respondam a esse tipo de mensagem.

Crimes de Internet

Conforme informado pela Receita, as mensagens são enviadas por quadrilhas especializadas em crimes na internet.

Por meio das mensagens respondidas, os criminosos têm acesso a dados cadastrais e financeiros das pessoas, informações fiscais e podem instalar programas que captam informações dos aparelhos.

Fique ligado

Caso receba alguma mensagem da Receita, o contribuinte confira diretamente no portal do contribuinte (e-CAC), se há pendências ou informes importantes. As mensagens oficiais são repassadas via site e consultadas no portal, que pode ser acessado com login e senha, de forma segura.

ÚLTIMA HORA

Corregedor geral do TSE torna Bolsonaro réu por abuso político

Nesta quarta-feira (14), o ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), abriu apurações sobre a conduta do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de aliados por levantarem dúvidas sobre a lisura do processo eleitoral e por supostamente cometer abuso político. A decisão atende a um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT).

São duas ações do PT acatadas pelo ministro. A primeira visa analisar as declarações de Bolsonaro; as quais questionavam o sistema eleitoral brasileiro, bem como a ineficiência das urnas eletrônicas. Nessa ação, foi incluída a responsabilização pelas manifestações que bloquearam rodovias brasileiras na primeira semana após o segundo turno.

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Além de Bolsonaro, também são alvos da investigação: o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), os deputados eleitos Gustavo Gayer (PL-GO) e Nikolas Ferreira (PL-MG), o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e o candidato derrotado à vice-presidência da República, Braga Netto (PL-MG).

A segunda ação tem como foco os atos de Bolsonaro em questões econômicas, como os benefícios liberados pelo governo durante a campanha eleitoral. Um deles é a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil.

ORGULHO

Mais uma vez uma decisão da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, enche de orgulho  a Corte de Justiça. A ministra votou pela inconstitucionalidade do “orçamento secreto” nesta quarta-feira (14/12). A relatora das ações que questionam as emendas de relator considerou que a falta de transparência e a abertura para “atos que dão ensejo à concretização de práticas patrimonialistas e obscuras” são incompatíveis com a Constituição.

Com afirmações duras, Weber se pronunciou contra o anonimato das emendas e ressaltou que, hoje, “a identidade dos efetivos solicitadores e o próprio destino desses recursos acham-se recobertos por um manto de névoas”. Oficialmente chamados emendas de relator, esses repasses viraram moeda de negociação política do Executivo com o Legislativo ao longo do governo de Jair Bolsonaro (PL). No Orçamento de 2023, são empenhados R$ 19,4 bilhões para esse fim.

VERGONHA


O deputado federal Alencar Santana (PT), líder da Minoria na Câmara dos Deputados, protocolou pedido para convocação do chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, sobre suposto envolvimento com os atos bolsonaristas realizados em Brasília na noite da última segunda-feira (12/12). A decisão de Santana teve como base reportagem publicada na Revista Fórum, na qual um servidor da Polícia Federal (PF) lotado na Presidência da República acusa o GSI de estar por trás dos atos realizados em Brasília na última segunda-feira.

— Isso é grave. Se isso se confirmar, prova-se que essa articulação vem de dentro do Palácio do presidente calado, omisso, incompetente, antipovo e desumano, com a participação de parte das Forças Armadas ؘ–, afirmou o parlamentar. Para Santana, a falta de ação do governo federal diante de invasão à sede da Polícia Federal “é omissão, é uma atitude também criminosa”. Além disso, o deputado ressaltou que tanto a sequência de acontecimentos, como a forma com que tais ocorrências têm sido registradas, são as “digitais” do pessoal de inteligência do GSI, assim como o envolvimento do presidente Jair Bolsonaro (PL) em incentivar seus seguidores.

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