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Dito & Feito - 7 de Setembro foi sem medo e sem ódio

O primeiro 7 de setembro pós-Bolsonaro não teve mensagem de golpe e muito menos pessoas nas ruas destilando raiva com gritos de guerra estranhos.

Charge do Mário Adolfo - Independência
Charge do Mário Adolfo - Independência

No primeiro 7 de Setembro deste mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, o  governo quis marcar a data fazendo uma contraposição com desfiles de anos anteriores, no períod0 de trevas do governo Bolsonaro. Lula e equipe  ressaltaram a união nacional, a democracia e a relação institucional entre o poder civil e as Forças Armadas.

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez questão de registrar a proximidade com os comandantes das Forças Armadas durante o desfile cívico-militar no Dia da Independência, nesta quinta-feira (7), em Brasília. Lula posou para foto de mãos dadas com o ministro da Defesa, José Múcio, e com os comandantes do Exército, Tomás Ribeiro Paiva; da Aeronáutica, Marcelo Kanitz Damasceno; e da Marinha, Marcos Sampaio Olsen. Em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV na noite da quarta (6), Lula disse que o 7 de Setembro não será um dia "nem de ódio, nem de medo, e sim de união".

Lula defendeu, ainda, que a celebração da Independência deverá lembrar que o Brasil é "um só".

Militares indígenas

A cerimônia do 7 de setembro  também contou com outras cenas. Entre elas, a exaltação de militares indígenas de diferentes etnias durante o desfile. O grupo composto por seis pessoas se apresentou ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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É a primeira vez que o grito da independência na Esplanada ocorreu em idiomas dos povos originários.

De mãos dadas pela democracia: Lula e a união nacional com os chefes das Forças Armadas

Gujajara presente

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, acompanhou o momento ao lado de Lula, ministros do governo e outras autoridades.

Zé Gotinha

Além disso, o desfile também contou com uma figura simbólica, o Zé Gotinha, símbolo das campanhas de vacinação brasileiras.

Ele desfilou no carro dos bombeiros e foi ovacionado por quem acompanhava o ato cívico pelas arquibancadas da Esplanada.

A volta do chicote

Os membros da operação Lava Jato, que colocou Lula na cadeia e condenou muita gente através de delação premiada, vai provar do  próprio veneno.

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), anunciou nesta quarta-feira (06) que vai pedir que Polícia Federal (PF) investigue as supostas ilegalidades de membros da Lava Jato no acordo de leniência da Odebrecht.

A mea culpa do Judiciário

A decisão de Dino acata uma ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, que anulou as provas do acordo da Odebrecht e pediu investigação contra os responsáveis do acordo.

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— A decisão do ministro Toffolli tem dois alcances: um de natureza jurídica, reafirmando a inocência do presidente Lula, indevidamente julgado sem o devido processo legal; o outro é de natureza política, na medida em que fica o registro dos absurdos perpetrados em uma página trevosa da nossa História –,  afirmou Dino.

Jogado às feras

Teve muita gente esperando, em vão,  a reação do coronel Menezes que foi expulso do PL da forma mais vergonhosa.

E o que é pior, o “compadre Bolsonaro” não fez nada para defendê-lo,

Capitão jantou coronel

Menezes foi banido do PL, o  ninho da extrema-direita, dia 24, depois dos conflitos com o presidente do Diretório Municipal do Partido Liberal (PL) e deputado federal Alberto Neto (PL).

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Nos bastidores de Brasília, Alberto Neto, jantou o coronel, fazendo a sua caveira para o Valdemar e para o Jair.

No deu outra: Menezes levou o terceiro cartão amarelo e foi expulso.

Reage coronel

Depois de puxar o tapete do coronel, o capitão anda por aí batendo no peito e dizendo que o candidato a prefeito de Manaus em 2024 é ele.

— Isso não vai ficar assim! –, reagiu Menezes.

Mas ficou.

Boca de abiu

A bancada do Amazonas na Câmara dos Deputados anda tão “operante” que a última notícia que a mídia digital publicou sobre alguns deles foi entre  março e abril.

É o casos de deputados como Fausto Jr., Átila Lins, Amon Mandel  Silas Câmara e Adail Filho.

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Alguns desses parlamentares já podem seu chamados de “ boca de abiu”, aqueles que permanecem de boca fechada em Brasília.

Já faz um tempinho

No caso de Amon, por exemplo, a última notícia sobre uma ação do deputado foi registrada na imprensa no dia 20 de março, quando ele visitou a Câmara de Manaus.

Relator da Reforma Tributária , o  senador Eduardo Braga (MDB-AM), já sinalizou algumas mudanças que estão a caminho, como a vedação à criação de novos impostos estaduais e a imposição de um teto para a carga tributária.

Pressão de todo lado

O principal pedido dos governadores é o fim do conselho federativo, que administraria a divisão da arrecadação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS).

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Já os empresários brigam pela exclusão de seus setores da alíquota única estabelecida pela reforma.

Vaca no telhado

Até boi voa: Com o temporal, a vaca foi parar no telhado

Aconteceu no município gaúcho de Estrela, no bairro Oriental. Lá, se não tivessem feito um vídeo ninguém acreditaria, uma  vaca subiu no telhado de uma casa.

O animal encontrou o caminho inusitado ao fugir das intensas chuvas que afetaram a área e outras partes do Rio Grande do Sul.

Vaca atolada

A vaca foi levada pelo forte fluxo de água durante a inundação da semana. Ela estava desaparecida desde segunda-feira (4). De acordo com o jornal Correio do Povo, o dono da casa, Pedro Nelio Bauer, pediu ajuda de um guincho para remover a vaca que estava visivelmente agitada.

Entra, mas não apoia

O Republicanos rejeitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para integrar a base do governo e disse que seguirá atuando de forma independente.

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A decisão foi anunciada em nota nesta quinta-feira (7), após o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) ser anunciado como futuro ministro dos Portos e Aeroportos.

Troca-troca

O presidente Lula anunciou nessa quarta-feira (6) que os deputados André Fufuca (PP-MA) e Costa Filho vão assumir os ministérios do Esporte e dos Portos e Aeroportos, respectivamente.

Sai Moser, entra Fufuca

Fufuca entra no lugar de Ana Moser, e Costa Filho, no de Márcio França, que vai para a pasta da Micro e Pequena Empresa, ainda a ser criada.

Juntos e enrolados

O clã Bolsonaro é o que se pode chamar de “juntos, misturados e enrolados”. Não  é apenas o patriarca da família que enfrenta problemas na Justiça. Os filhos, todos eles – Flávio, Eduardo, Carlos e Renan –, e a mulher, Michelle, também.

Veja as principais acusações e suspeitas criminais que pesam contra os filhos e a esposa de Bolsonaro:

Flávio Bolsonaro

Foi acusado em 2020 pelo Ministério Público do Rio de Janeiro de praticar as chamadas "rachadinhas" - quando parlamentares se apropriam de dinheiro destinado a pagar salários de assessores.

Segundo o MPRJ, Flávio desviou mais de R$ 6 milhões da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro quando era deputado estadual. Hoje senador, Flávio nega irregularidades.

Eduardo Bolsonaro

É alvo de uma investigação que corre na Procuradoria-Geral da República sobre a compra de dois imóveis no Rio de Janeiro pagos em dinheiro e por valores abaixo do que eram avaliados na época. O deputado já admitiu que fez pagamentos em dinheiro vivo, mas nunca explicou o uso.

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Uma reportagem do UOL feita em 2022 revelou que Bolsonaro, seus irmãos e filhos compraram pelo menos 51 imóveis com dinheiro vivo. O total do valor registrado em cartório foi de R$ 13 milhões, dos quais R$ 5,7 milhões foram pagos em cédulas - valor que com correções equivaleria hoje a R$ 11 milhões.

Carlos Bolsonaro

Também é investigado pelo Ministério Público do Rio por suspeita de operar um esquema de "rachadinhas" em seu gabinete de 2009 a 2018.

Segundo um laudo do MP elaborado pelo Laboratório de Tecnologia de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro mais de R$ 2 milhões foram desviados. Carlos nega.

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Reportagem da revista Época revelou em 2019 que havia diversos funcionários nomeados para seu gabinete que nunca trabalharam no local. Um dos casos apontados envolve Marta Valle, cunhada de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente da República. Marta passou sete anos e quatro meses lotada no gabinete de Carlos Bolsonaro, mas afirmou ao veículo:

— Não trabalhei em nenhum gabinete, não!

Renan Bolsonaro

Os mandados de busca e apreensão que a PF cumpriu em imóveis de Jair Renan tiveram origem em duas operações que investigam suspeitos de crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

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Esta não foi a primeira investigação envolvendo Renan. A Polícia Federal tem ainda uma investigação do filho mais novo de Bolsonaro por suspeitas de tráfico de influência.Ele foi acusado de ajudar empresas privadas a conseguirem espaço em agendas ministeriais em troca de vantagens pessoais. Renan negou que isso tivesse acontecido.

Michelle Bolsonaro

A ex-primeira dama está envolvida no escândalo mais recente: das joias que foram dadas de presente pelos sauditas em 2021.

O processo na Justiça envolve as circunstâncias nas quais joias dadas pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente e à sua mulher entraram no Brasil.

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O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo as reportagens, a Receita Federal reteve um conjunto de joias dadas a Bolsonaro pelo regime saudita em 2021.

No pacote havia um colar de diamantes, um anel, um relógio e um par de brincos, também de diamantes.

ÚLTIMA HORA

VAI ABRIR O BICO –  Mauro Cid vai  ao STF de livre e espontânea vontade e pede ara fazer delação premiada

Agora vai: Mauro Cid decide fazer delação 

A Polícia Federal declarou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na última quarta-feira (6), Cid foi ao STF de livre e espontânea vontade confirmar que fará a delação. Mauro Cid prestou depoimentos à PF nos últimos 20 dias. E agora, o Ministério Público A Polícia Federal declarou fechar um acordo de delação premiada com Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Mauro Cid prestou depoimentos à PF nos últimos 20 dias. E agora, o Ministério Público Federal (MPF) ainda precisa ser ouvido sobre quais as condições para o acordo ser firmado. A delação premiada só passa a valer após homologação (aval) do Supremo Tribunal Federal (STF). Não há informações sobre qual será o foco da delação, porque Cid é investigado em mais de um caso.

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O ex-ajudante de ordens é suspeito de participar da tentativa de trazer de maneira irregular para o Brasil joias recebidas pelo governo Bolsonaro como presente da Arábia Saudita; e de tentar vender ilegalmente os presentes.   É acusado também de participar de uma suposta fraude de carteiras de vacinação de Bolsonaro e de sua filha de 12 anos do ex-presidente.  Cid também está envolvido nas tratativas de invasão do sistema do CNJ pelo hacker Walter Delgatti, para desacreditar o sistema judiciário brasileiro; Envolvimento em tratativas sobre um possível golpe de estado.

ORGULHO

Galo solidário: Vanderley, ex-campeão do Atlético, está doente e precisa de ajuda

Atlético Mineiro, mais conhecido como Galo, está mobilizando torcedores de todas as partes em uma campanha de arrecadação para ajudar um ex-jogador – e campeão – Wanderley Paiva, de 77 anos, que foi diagnosticado com uma doença grave. Wanderley foi um dos convocados da campanha vitoriosa do time, que se sagrou Campeão Brasileiro em 1971. O jogador foi o atleta de linha que mais defendeu as cores do clube. Ele esteve presente em 559 partidas entre 1966 e 1976. Em um vídeo publicado nas redes do Instituto Galo, braço do time que foca na realização de projetos sociais, Wanderley aparece ao lado de Sérgio Coelho, presidente do Atlético. “O Galo abraça seus ex-atletas e funcionários. É o mínimo que o Clube pode fazer”, disse Sérgio.

VERGONHA

Parlamentares bolsonaristas fizeram campanha nas redes sociais por um boicote ao 7 de Setembro, em meio a um movimento institucional do Palácio do Planalto e de apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.  Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as redes sociais das Forças Armadas com xingamentos contra o Exército às vésperas do 7 de setembro. Esses usuários pedem um boicote à data e ao desfile dos militares. Os generais são chamados de “melancias” por não terem aderido à tentativa de golpe de 8 de janeiro, uma expressão para se referir a quem é “verde” por fora, mas “vermelho” por dentro. Os internautas bolsonaristas reclamam que os militares desperdiçam dinheiro público e deixaram o país ser “tomado” pelo que eles chamam de “inimigo”. E depois querem se autodenominar “patriotas” e  “defensores da democracia”. Então, tá!

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