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'A direita está fragmentada em Manaus e não podemos fazer o mesmo com a esquerda', diz Thomaz Barbosa

Pré-candidato do PSOL diz que bolsonarismo está dividido em várias candidaturas e que a esquerda precisa ser inteligente - se possível, agrupar forças

Thomaz Barbosa é pré-candidato do PSOL à Prefeitura de Manaus
Thomaz Barbosa é pré-candidato do PSOL à Prefeitura de Manaus.

O PSOL precisa ser protagonista nas eleições municipais em 2024, mas também deve ficar atento para não dividir votos da esquerda em momento tão importante para a cidade. A avaliação é de Thomaz Barbosa, pré-candidato a prefeito de Manaus pelo PSOL, que vem discutindo internamente quais caminhos o partido seguirá este ano. Ao lado dele, outros dois pré-candidatos participam do debate na sigla: a ativista em causas sociais e advogada Natália Demes e o advogado Marcelo Amil.

Thomaz recebeu o Portal do Mário Adolfo para explicar como estão os diálogos internos do PSOL. São três correntes, mas que no momento decisivo deverão convergir em um único caminho. Para ele, Manaus vive momento de retomada do diálogo, que começa a se afastar do extremismo polarizador das últimas eleições. O pleito deste ano, na visão dele, é fundamental neste processo.

"Temos que reagir. É importantíssimo apresentar uma proposta para Manaus. Nós três somos pré-candidatos a prefeito. Neste primeiro momento estamos nos revezando nos compromissos, como em debates. Depois teremos uma definição. Vamos apresentar opções ao eleitor", defende.

Esquerda

"Mas é possível formar uma ampla frente de esquerda em Manaus?", questionou o Portal do Mário Adolfo. Thomaz respondeu dizendo que o PSOL precisa ser protagonista nas eleições municipais, mas disse que não se furta a conversar com nenhum partido de esquerda, até porque acredita que a direita está fragmentada e o mesmo não pode acontecer com eles.

"A direita está fragmentada e vai lutar pelo mesmo voto. A gente tem que prestar atenção pra não fazer o mesmo. O PSOL tem que ser protagonista, mas eu discuto sim um amplo debate. Todo mundo que está no guarda-chuva da esquerda é bem vindo ao diálogo. Faço política com a sociedade. Eu estou disposto a fazer isso. Quero criar políticas novas. Sou candidatíssimo pelo PSOL, mas ampliando a discussão para toda a cidade e o campo de esquerda do Amazonas", pontua Thomaz.

PSOL e Rede estão em Federação Partidária desde as eleições de 2022. Toda e qualquer decisão passará por ambos.

Veja a entrevista completa sobre o que Thomaz pensa de Manaus e quais o planos do PSOL

Três perguntas para Thomaz

1️⃣ Portal do Mário Adolfo: Nacionalmente o PSOL marcha com o PT. O senhor toparia conversar com o PT no Amazonas?

Thomaz Barbosa: Pela minha corrente, eu topo. Lá tem a Anne Moura. Topo conversar com ela. Lá na federação se apresentou o Eron Bezerra. Converso com ele. Lá se apresenta agora o Marcelo Ramos, um cara forte, corajoso, que está disposto unir as esquerdas. Por que não conversar? Política se faz com diálogo.

2️⃣ MA: E quando sai esta definição?

TB: Quem está cuidando das datas é a minha presidente, Natália Demes. Mas assim, o PSOL trabalha três pré-candidaturas. Estamos livres pra dialogar e fazer debates. Mais pra frente vamos nos reunir para construir um caminho. É dessa forma que se faz democracia. E se podemos ter três pré-candidatos, também podemos conversar com quem está fora. Lá em São Paulo a candidatura do Guilherme Boulos (PSOL) está colocada junto com o Lula e a Martha Suplicy.

3️⃣MA: é possível que tenhamos mais vereadores progressistas eleitos este ano?

TB: Estamos lutando para isso, não só em Manaus, mas no interior. A união PSOL/Rede dará um ou dois vereadores. Essa pessoa está sendo treinada e formatada dentro do partido pra discutir política com a sociedade, pra fazer um trabalho de esquerda e progressista dentro da Câmara Municipal de Manaus (CMM).

Natália Demes, Thomaz Barbosa e Marcelo Amil são pré-candidatos do PSOL

História

Thomaz Barbosa é amazonense, nascido em um seringal, no rio Juruá, município de Carauari-AM; formado em Ciências Contábeis (UFAM), MBA em Marketing (Gama Filho-RJ), mestrando em Ciências Empresariais (Universidade Fernando Pessoa, Porto-PT); tem curso pós-médio de Locução e Apresentação para Rádio e Televisão (Rede Amazônica-AM), Locução de Rádio e Apresentação de Talk-Show (Senac-SP); foi professor da rede pública e particular de ensino, professor universitário, Formador Regional do Programa Integrar para formação e aceleração de escolaridade de dirigentes sindicais (CNM-CUT), trabalhou na Operação Acolhida, Onu Migrações, com migrantes venezuelanos, é consultor de empresas mora em Manaus.

Thomaz Barbosa tem 57 anos, nascido em um seringal no município de Carauari (a 787 quilômetros de Manaus) tem experiência na área contábil, foi locutor de rádio e ocupou cargos para a formação e aceleração de dirigentes sindicais.

Ele também já foi candidato a vice-governador do Amazonas em 2022 e disputou vaga de vereador de Manaus em 1996. Trabalhou na Operação Acolhida da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado aos imigrantes venezuelanos.

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