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Discussões conduzidas pelo CBA sobre negócios em bioeconomia foram destaque no primeiro dia da Expoamazônia Bio&Tic2023

A ausência de um Plano de Bionegócios em nível nacional e principalmente no âmbito da região Norte, foi um dos pontos abordados e classificado como de extrema importância para a definição de futuras estratégias

A primeira roda de conversa reuniu mais de cem participantes

Os negócios incentivados por meio das práticas de bioeconomia foram o tema central das palestras mediadas pelo Centro de Bionegócios da Amazônia CBA, no primeiro dia da Expoamazônia Bio&Tic2023, que começou ontem (28) e segue até quinta-feira, dia 30, no Stúdio 5 Centro de Convenções, na zona Sul de Manaus.

“Queremos que o Brasil e o mundo conheçam a força da bioeconomia amazônica e para nós do CBA é uma grande satisfação conduzir as discussões em torno desse tema tão rico e próspero em um evento dessa magnitude”, afirmou o diretor de administração e finanças do CBA, Carlos Henrique Souza.

A primeira roda de conversa reuniu mais de cem participantes entre estudantes, pesquisadores, professores, representantes de associações, cooperativas e de setores da iniciativa privada.

Os gestores e coordenadores dos núcleos de pesquisa do CBA deram início à programação das palestras destacando o papel das instituições de pesquisa para o desenvolvimento da bioeconomia da Amazônia.

O diretor de Operações do CBA, Caio Perecin, apresentou a nova estrutura operacional do Centro e ratificou o compromisso do CBA de trabalhar em conjunto com Institutos de Ciência, Tecnologia e Inovação (ICT’s), associações, cooperativas, governos e indústrias em prol de uma nova matriz econômica sustentável para a região, voltando o olhar para o fortalecimento das cadeias produtivas, um dos principais gargalos para a projeção da economia verde no País.

Discussões aconteceram no Studio 5

A biodiversidade amazônica em novos negócios sustentáveis foi o segundo tema discutido pelos participantes. Andreia Waichman, sócia fundadora da Darvore Cosméticos, o executivo da Tutti Plast, Dahslon Bisker de Abreu, a CEO da Amazônia Smart Food Amazônia, Priscila Almeida e Danniel Pinheiro, CEO da Biozer da Amazônia.

Os entraves logísticos que refletem na alta dos custos do transporte dos produtos para novos mercados e a ausência de uma cadeia estrutura de insumos foram alguns dos pontos abordados pelo grupo que também defendeu o incentivo à pesquisa como forma de encontrar soluções para os problemas ao mesmo tempo em que se busca a inovação dos processos por meio da sustentabilidade.

“Nós estamos pensando em fazer uma indústria de plásticos diferentes e esta agenda está muito crescente, por isso a gente acredita muito na pesquisa que o CBA vem fazendo com o curauá. Estamos investindo em uma área já beneficiada lá em Novo Remanso e vamos agregar valor àquela comunidade”, afirmou Dahslon Bisker de Abreu, um dos executivos da Tutti Plast, empresa do setor de Termolplástico com mais de 30 anos de atuação na Amazônia e que pretende inserir o potencial de resistência da fibra do cuarauá em seu portfólio de itens produzidos.

A terceira discussão da tarde se deu em torno dos desafios e tecnologias para cadeias produtivas da bioeconomia que contou com a participação de Fabrício Tinto do Instituto Piagaçu, Macaulay Abreu, idealizador do Navegam e Onesino Maurílio, empreendedor na Agroindústria e Comércio de Produtos Agrícolas e Silvestres da Amazônia Ltda (Apoena).

A ausência de um Plano de Bionegócios em nível nacional e principalmente no âmbito da região Norte, foi um dos pontos abordados e classificado como de extrema importância para a definição de futuras estratégias para os setores envolvidos.

A última roda de conversas da noite abordou o fomento à bioeconomia para o desenvolvimento sustentável da Amazônia e contou com a participação do representante da Suframa, Leopoldo Júnior e do CEO da Axcell Aceleradora e um dos sócios da Warabu Chocolates, Matheus Farias.

A falta de comunicação por parte das entidades de fomento bem como das instituições e pessoas que integram o ecossistema de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação foi apontada pelos participantes como um dos entraves para a obtenção de recursos e incentivos junto às linhas de fomento.

Matheus disse que a iniciativa privada investe muito mais em comunicação do que o setor público, o que acaba muitas vezes dificultando o acesso à informação, sobretudo nas áreas onde a infraestrutura de comunicação é deficitária.

Leopoldo destacou as jornadas de integração que a Suframa vem promovendo no interior do Estado e nas capitais do Norte de abrangência da autarquia, como alternativa encontrada pelo superintendente da Zona Franca de Manaus, Bosco Saraiva, de levar informação sobre os benefícios do PIM para essas regiões.  Ele também lamentou a estrutura deficitária de instituições capacitadas para absorver incentivos para inovação.

“É preciso integrar setores, temos R$ 1,7 bilhão da Lei de Informática mas a estrutura existente hoje de inovação não tem como absorver. Precisamos que as indústrias invistam em inovação para seus processos e não somente no segmento de softwares, como já é de praxe”, disse Leopoldo.

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