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Dito & Feito - Eleitor promete dar o troco a deputados que apertaram SIM pelo voto impresso

O eleitor amazonense que defende a democracia e valoriza seu voto, não pode deixar cair no esquecimento a sessão desta terça-feira,10, da Câmara dos Deputados que rejeitou e arquivou a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. O  texto precisava de 308 votos no plenário, mas só alcançou 229. Decisão encerra tramitação da PEC e mantém formato atual de apuração.

Dos oito deputados da bancada do Amazonas, quatro votaram SIM ao voto impresso – Atila Lins (PP-AM), Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) Delegado Pablo (PSL-AM)  e Silas Câmara (Republicanos-AM ).

Votaram NÃO  – Zé Ricardo (PT-AM) , Marcelo Ramos (PL-AM), Sidney Leite (PSD-AM) e Bosco Saraiva (Solidariedade-AM ) .

Cada um vota como manda sua consciência. É assim que funciona na democracia, alguém há de dizer. No entanto, eleitor que não compactua com que vem acontecendo neste País não deve esquecer que, quem vota a favor de Jair Bolsonaro – o que e um direito deles –, está claramente ao lado dos tanques nas ruas para intimidar o Congresso e o STF; dos discursos golpistas; da volta do AI-5;  aplaudindo as queimadas e o desmatamento da Amazônia; a invasão de garimpeiros em terras indígenas; a volta da “velha política”, que Bolsonaro jurou enterrar durante a campanha e agora entrega o governo ao Centrão.   E o que é pior, parecem concordar com a  omissão do governo no combate à pandemia do coronavírus que já matou 560 brasileiros pela Covid-19.

Ameaça à eleição

Esses mesmos deputados que votaram com Bolsonaro, com certeza apoiam também a ameaça do presidente de que “sem voto impresso não vai ter eleição”.

O povo não esquece...

E isso, senhores deputados do Amazonas, o povo não esquece. No dia 25 de abril de 1984 ficou marcado na história brasileira quando.

Com as galerias da Câmara cheias e acompanhada por milhões de brasileiros, por  apenas 22 votos, os deputados rejeitaram a Proposta de Emenda à Constituição que previa a realização de eleições diretas no Brasil para presidente da República.

... Acabou o PDS!

A luta pelas  Diretas Já (emenda Dante de Oliveira),  depois de 20 anos de ditadura, acabou com o as galerias gritando “o povo não esquece, acabou o PDS”. PDS era o partido da ditadura. A grande maioria que votou com a ditadura não se reelegeu e foi para o lixo da história.

Canto da sereia

Na derrota de ontem do voto impresso na Câmara, chamou atenção a quantidade de membros de partidos da oposição que votaram com o governo a favor da instalação do voto impresso.

Até tu, tucano!

O PSDB foi um dos destaques nesse quesito. Com 32 deputados, o partido teve 14 parlamentares favoráveis à proposta.

Traição no ninho

Com dois votos a mais a favor da medida, o PSDB não surpreendeu muita gente. Não é de agora que parte da bancada tucana está super alinhada com o presidente Bolsonaro e já voou para o ninho governista. Inclusive, é essa mesma  ala que faz forte resistência à candidatura do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), adversário declarado do presidente em 2022.

PSB embarcou

Um pouco mais que um terço dos deputados do PSB, que tem 31 representantes na Câmara, também se mostrou favorável ao voto impresso.

Sarafa

Sobre isso, o líder do partido no Amazonas, deputado Serafim Corrêa, disse respeitar a decisão:

— Lamento e discordo, mas respeito a decisão dos 11 deputados que votaram a favor do voto impresso

Infidelidade

Redator de D&F provocou Serafim:

— Mas isso, em outros tempos não seria infidelidade partidária, passível de expulsão?

— Como disse, não concordo. A liderança recomendou voto contra. Os 11 não seguiram a recomendação. A maioria deles já está assim desde a reforma da previdência. Vão sair do partido na janela.

Deputado é contra o voto impresso 

Cooptados

No PV, metade dos seus quatro parlamentares defendeu a pauta bolsonarista. Por fim, dos 25 deputados do PDT, seis decidiram a favor do voto impresso. No caso do Novo, 5 dos 8 integrantes votaram junto com aliados do governo.

Quem come do meu pirão...

Com a votação aberta e nominal, ficaria fácil para o governo identificar os votos contrários e restringir depois a liberação de emendas. E, com a aproximação da eleição no ano que vem, o que mais importa para boa parte dos parlamentares é ter dinheiro para enviar às suas bases.

Rompeu

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM) rompeu com o governo e afirma que não dialoga mais com o presidente Jair Bolsonaro.

Confia em Lira

Para Ramos, o  Congresso deveria ser mais incisivo contra Bolsonaro. Mas diz não ter dúvidas dos compromissos democráticos do presidente da Câmara, seu colega Arthur Lira (PP-AL), com quem aponta ter uma relação transparente.

Estarei na trincheira

Marcelo acusa que a vontade pessoal do presidente Bolsonaro é marchar sobre as instituições. A dúvida é: quando ele iniciar essa marcha, vai encontrar gente disposta a estender o tapete vermelho ou encontrará gente disposta a se entrincheirar em defesa da democracia e das instituições?

— Eu estarei na trincheira", avisa.

Charlatanismo

O cerco está se fechando.

A mesa diretora da CPI da Covid decidiu nesta quarta (11) que vai propor o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro pelos crimes de curandeirismo, charlatanismo, epidemia e publicidade enganosa no enfrentamento à pandemia.

Pena de 18 anos

Esses são as primeiras definições oficiais do que será incluído no relatório final da comissão, que será encaminhado ao Ministério Público Federal, órgão que decidirá sobre a abertura ou não dos processos. Somados, os crimes podem render pena superior a 18 anos.

Omar cobra indenização

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), vai pedir à Defensoria Pública do Amazonas para que as famílias que perderam entes queridos sejam acolhidas, e entre com um processo de indenização contra as pessoas que estimularam o tratamento precoce com ivermectina, induzindo os pacientes a usar medicamentos de eficiência não comprovada contra a Covid e eles acabaram morrendo.

— Eu vou pedir à Defensoria Pública do Amazonas para que as famílias que perderam entes queridos sejam acolhidas, e entre com um processo de indenização contra as pessoas que induziram os pacientes que faleceram no meu estado, principalmente na cidade de Manaus, à morte. Isso é claro –, avisou  Aziz.

Omar, Randolfe e Renan exige que famílias dos mortos por tratamento precoce sejam indenizadas

Induziram à morte

Mas como chegar aos culpados que prescreveram o uso do tratamento precoce? Omar deu o caminho das pedras:

—  É simples, é só pegar os nomes, as pessoas, por quem foram atendidas, e a Defensoria fazer uma ação em nome dessas pessoas que foram medicadas com isso e foram à óbito acreditando nisso.

Excesso de Vitamina D mata

Para o senador, essas pessoas que sofreram perdas e ficaram com sequelas devem ser indenizadas.

— Principalmente aqueles que estão hoje com problemas hepáticos por ter tomado em excesso a medicação. Excesso de vitamina D mata. É só perguntar para qualquer médico –, detonou Aziz.

A vitamina D é outro produto comercializado pela Vitamedic que faz parte do chamado "kit covid”.

Executivo sinistro

A CPI ouviu  nesta quarta-feira Jailton Batista, diretor-executivo da empresa farmacêutica Vitamedic. Ele foi convocado para falar sobre as vendas da ivermectina, um vermífugo que foi propagandeado, mesmo sem comprovação científica, como remédio para o tratamento da Covid-19.

Faturou na tragédia

A empresa teve um grande crescimento no faturamento e na venda do produto entre os anos de 2019, quando não havia pandemia, e 2020, quando a doença se espalhou.

Documentos perdidos

O registro de perdas e extravios de documentos continua alto em Manaus no  primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, foram registrados 14.445 boletins de ocorrência por documentos perdidos. Cartões de transporte, Registro Geral (RG), Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e as carteiras de estudante lideraram as notificações no período.

ÚLTIMA HORA

Deputada Flordelis é cassada por assassinato do marido  e ainda jura inocência

Cassada: a ex-deputada Flordelis e sua grande amiga, ministra Damares

Por 457 votos a favor e sete contra e 12 abstenções, a Câmara dos Deputados cassou, em sessão encerrada na tarde desta quarta-feira (11), o mandato da deputada Flordelis (PSD-RJ). Ela é acusada como manante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo, em julho de 201, na casa em que viviam, na companhia de 55 filhos, em Niterói, Rio. Para escapar da cassação, Flordelis precisaria que pelo menos 250 votassem a seu favor. Do total, ela recebeu apenas 12. Não foi promulgada como votaram os deputados individualmente.

Os advogados de defesa, que falaram em plenário, propuseram que, ao invés de cassação, a deputada sofresse uma suspensão até seu julgamento pelo Tribunal do Júri Popular do Rio de Janeiro. Os advogados disseram ter certeza e que ela será absolvida no Júri Popular.

Um dos advogados chegou acusar em plenário o pastor Anderson dos Santos de pedofilia e de assédio sexual contra as filhas adotivas e de suas netas. “Por isso, ele morreu com 30 tiros na genitália”, disse um dos advogados ao insinuar que Anderson foi morto a mando de uma das filhas de Flordelis como vingança pelo assédio sexual.

ORGULHO

Paulo José: O Brasil perde um grande ator

Para o ator Paulo José que dedicou toda uma vida à dramaturgia brasileira  e nos deixou nesta terça-feira  11. Foi um ator talentoso e um diretor competente, atuando em clássicos do cinema como “Macunaíma” e inúmeras novelas, como “O Casarão” e “Primeiro Amor”, além de atuar em dupla com Flávio Migliaccio, na série  “Shazam&Sherife”. Paulo tinha 84 anos, e o último registro dele nas redes sociais foi uma foto publicada por uma de suas filhas. O ator estava internado há 20 dias e morreu por causa de uma pneumonia. Ele deixa a esposa e quatro filhos. Foi casado muitos anos com a atris Dina Sfat, que morreu muito nova no auge da carreira.

VERGONHA

O presidente Jair Bolsonaro prometeu aceitar, mas não aceitou o resultado da votação na Câmara dos Deputados para o uso do voto impresso, um dia depois de dizer que o aceitaria. A questão na Câmara teve, além de 65 abstenções ou ausências, 229 votos a favor e 218 contra, mas eram necessários ao menos 308 votos positivos entre os 513 deputados para aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC). Em resposta, o presidente questionou a legitimidade da votação.

— Números redondos, 450 deputados votaram ontem, foi divido. 229, 218, dividido. Então é sinal que metade não acredita 100% na lisura dos trabalhos do TSE. Não acredita que o resultado no final ali seja confiável. Dessa outra metade que votou contra, você tira PT, PCdoB, PSOL que para eles é melhor o voto eletrônico como está aí –, disse Bolsonaro.

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