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MPF: três pessoas são denunciadas pelo assassinato de Dom e Bruno no AM

Os envolvidos foram denunciados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

O Ministério Público Federal denunciou três pessoas pelo assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira, em junho, no Vale do Javari, no Amazonas. Os envolvidos foram denunciados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado" e Jefferson da Silva Lima, conhecido como "Pelado da Dinha", confessaram o crime, enquanto Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como "Dos Santos", teve a participação comprovada por depoimentos de testemunhas.

Conforme o MPF, a denúncia foi apresentada nessa quinta-feira (21) ao juízo da Subseção Judiciária Federal de Tabatinga, no Amazonas, onde o processo tramita. A denúncia do MPF já foi recebida pelo juiz, que levantou o sigilo do autos.

A denúncia traz prints de conversas e cita os resultados de laudos periciais, com a análise dos corpos e objetos encontrados. De acordo com o órgão, já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por pesca ilegal em território indígena.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo órgão como motivo fútil e pode agravar a pena.

Bruno foi morto com três tiros, sendo um deles pelas costas, sem qualquer possibilidade de defesa, o que também qualifica o crime. Já Dom foi assassinado apenas por estar com Bruno, de modo a assegurar a impunidade pelo crime anterior.  

De acordo com o coordenador da Câmara Criminal do MPF (2CCR), o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, o órgão segue acompanhando o processo e os desdobramentos, além de outros episódios de violência registrados na região.

Caso Dom e Bruno

Bruno Pereira e Dom Phillips desapareceram no dia 5 de junho durante uma viagem pelo Vale do Javari, um dos maiores territórios indígenas do Brasil, no Oeste do Amazonas.

A dupla estava na região com o objetivo de entrevistar ribeirinhos e indígenas para a produção de um livro sobre a Amazônia.

Após serem mortos a tiros, Bruno Pereira e Dom Phillips tiveram os corpos queimados, esquartejados e enterrados.

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