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Toadas históricas, tecnologia e superação marcam espetáculo do Caprichoso na segunda noite

Parintins – AM – No fechamento da segunda noite do 53º Festival Folclórico de Parintins, o Boi Bumbá Caprichoso celebrou “Encontros, um Mosaico de Saberes”. Nas duas horas e meia de apresentação, o Caprichoso emocionou a galera, navegando entre as narrativas de suas origens e influências negras até a tecnologia que conduziu um homem até a arena do Bumbódromo, sobrevoando com o estandarte azul.

Foi o canadense Alexander Duru, em um hoverboard, que surpreendeu, sobrevoando a arena e entregando o estandarte para a porta-estandarte Marcela Marialva, que evoluiu na lenda amazônica “Sissa, a flor dos aimarás”.

David Assayag cantou ‘Pesadelo dos navegantes’, de 1996

Logo no início, quem emocionou foi David Assayag, levantador de toadas. O Imperador entrou na arena cantando a clássica toada “Pesadelo dos navegantes”. Ele e Edmundo Oran, apresentador do boi, surgiram em um módulo alegórico representando uma caravela.

A lagarta de fogo dos Sateré Mawé levou a cunhã-poranga Marciele Albuquerque para a festa. Em seguida, foi a vez da rainha do folclore, Brenna Dianá, surgir durante a exaltação folclórica.

A porta-estandarte Marcela Marialva

Outro momento de emoção e sentimento de superação foi a chegada da alegoria do “Ritual de Transcendência Yanomani”, assinada pelo artista Kennedy Prata e equipe. A base central da alegoria foi destruída pelo fogo na manhã do dia 28, quarta-feira, mas foi totalmente recuperada em poucas horas de trabalho pela força da união dos artistas azulados.

Nesta alegoria, o pajé, Neto Simões, evoluiu durante o ritual que apresentou a relação desse povo com a terra. Ele fechou as apresentações individuais.

Boi Caprichoso no meio da galera

O Bumbá aproveitou cada minuto de seu tempo de arena e ousou mais emoção com o canto de David Assayag acompanhado por dois violinistas, pelo violão de Sebastião Tapajós e músicos de um coral de libras numa homenageia ao levantador de toadas David Assayag com a composição “Sensibilidade”. O próprio David se encarregou de encerrar o espetáculo e lembrou à galera que “O Ritmo é de Boi”.

 

Texto: Floriano Lins e Lívia Anselmo / Fotos: Glenda Dinely

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