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'The Guardian' repercute o impacto da Covid-19 em Manaus

O periódico inglês “The Guardian”, um dos maiores jornais do mundo, dedicou toda uma matéria sobre o impacto da pandemia do novo coronavírus em Manaus, nesta quinta-feira, 30. Segundo a reportagem, a pandemia atingiu “profundamente o coração da floresta tropical brasileira”. As informações são do Portal O Poder.

A matéria fala que o coronavírus teria chegado a capital amazonense em 11 de março, através de uma mulher de 49 anos que havia chegado de Londres, e seis semanas depois, o resultado é uma sobrecarga de enterros e a cidade implorando por socorro diante do caos.

O número de mortes em decorrência da doença aumenta a cada dia, e mesmo com a realização de enterros noturnos, a maior preocupação das autoridades é que tudo isso seja tarde demais. Das mais de 5 mil mortes por coronavírus oficialmente confirmadas no Brasil, 274 são constatadas em Manaus.

“As autoridades da cidade dizem que esperam enterrar até 4.500 pessoas apenas no próximo mês. As casas funerárias avisaram que ficarão sem caixões de madeira até o final de semana”, informou o The Guardian.

Citando as inúmeras catástrofes no sistema de Saúde, como os serviços de emergência já estarem completamente sobrecarregados e hospitais lotados, além da falta de equipamentos e aparelhos de extrema necessidade para profissionais da saúde e pacientes, The Guardian, cita fatores que contribuíram para o caos que assola Manaus, segundo especialistas.

Dentre elas, a estação chuvosa que estava em seu final quando a epidemia chegou na cidade, diante da frequência das doenças respiratórias, outro fator, é o serviço de saúde que já apresentava uma escassez de profissionais e equipamentos antes dos tratamentos da Covid-19.

“Mas muitos também culpam a corrupção e o fracasso do governo em implementar efetivamente medidas de contenção depois que o Covid-19 foi detectado. Somente em 23 de março – 10 dias após a confirmação do primeiro caso – o governador do estado declarou estado de emergência, ordenando o fechamento de todas as empresas não essenciais”, acrescentou o jornal.

Mesmo com o número de mortes crescente na cidade, as pessoas continuam desrespeitando as medidas de isolamento social, fazendo aglomerações em portas de estabelecimentos e agência bancárias, e evitando usar máscaras.

“O prefeito admitiu que não conseguiu manter as pessoas dentro de casa, mas disse que o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, deve assumir grande parte da culpa por minar deliberadamente essas medidas”, informou o The Guardian.

“Me entristece saber que essas vidas poderiam ter sido salvas e não salvas, em parte porque o principal líder do Brasil … disse que não havia problema em sair”, disse o prefeito Arthur Neto ao jornal.

Confira a matéria completa clicando aqui

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