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Suframa se cala sobre projeto para reduzir impostos em produtos de tecnologia

Um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PSL) anunciar no Twitter que o Ministério da Economia estuda reduzir de 16% para 4% os impostos sobre a importação de produtos de tecnologia de informática, a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) se calou sobre as consequências para o Amazonas. O superintendente, Coronel Alfredo Menezes, preferiu não falar, e, por meio da assessoria, disse que participaria de um evento e, em seguida, tinha uma viagem marcada.

Enquanto isso, sobram críticas ao que presidente falou, em uma ‘guerra’ que vem se intensificando a cada semana em que o Polo Industrial de Manaus é atacado por membros do governo Federal. Para o senador Plínio Valério (PSDB), que muitas das vezes se coloca como defensor de Jair Bolsonaro, não apenas o Amazonas, mas a economia nacional sofrerá caso sejam confirmadas as mudanças.

“Se essa medida for concretizada será extremamente prejudicial à ZFM, mas também à indústria nacional. Na ZFM, há redução no pagamento do imposto de importação quando destinados à industrialização de bens de informática e telecomunicações. Hoje, a maioria dos componentes possuem alíquota zero. Reduzir a alíquota para o produto acabado é desestimular a produção nacional”, disse o senador.

O ex-prefeito de Manaus, o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), frisou que a medida fere diretamente o polo de componentes voltado para a telefonia celular que existe na ZFM e que emprega seis mil pessoas.

“Todos nós já cansamos de sempre correr atrás de apagar incêndio. Há uma pré-disposição contra a Zona Franca muito grande e sempre, a cada momento, na menor possibilidade, quando se pensa que está tudo bem, lá vem mais uma novidade. A Suframa precisa agir. Querem dar condições excepcionais para os fabricantes de celular produzirem fora da Zona Franca. O objetivo é matar o polo de componentes voltado para a telefonia celular que existe na ZFM e que emprega seis mil pessoas”, declarou.

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