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Quando comecei no jornalismo, em 2003, no jornal O Estado do Amazonas, Robson Franco já era veterano - eu sempre procurei ver como se comportavam os jornalistas para tentar aprender algo. Ele era subeditor de esportes e eu um foca de cidades.Certa vez, depois de uma pauta, precisei passar no treino do São Raimundo para busca-lo rumo à redação.

Chegando lá ele estava conversando com jogadores e técnico. Desci do carro e me posicionei ao lado dele só para observar. Vinte minutos depois entramos no carro e seguimos. Mas algo tinha me chamado atenção: o fato de ele não usar o bloco de anotações para nada. Ficou no bolso. Precisei questionar aquilo:

- Robson Franco, tu não anotou nada do que os jogadores e técnico falaram?

- Mariozinho, eu anoto na cabeça. Quando se tem segurança no que se faz, basta ouvir. Já tô escrevendo o texto na minha mente. Na redação é só passar para o computador.

Nunca esqueci aquele ensinamento. Com o tempo assimilei a mesma prática. Obrigado, companheiro!

Morte

Robson partiu deste plano terreno no dia 20 de abril de 2020.  Há algumas vinha debilitado por uma infecção, que acreditava ser estomacal. Com receio de se contaminar pelo coronavírus (covid-19), evitava ir a hospitais públicos em busca de socorro.

Como sua saúde ficava a cada dia mais debilitada, chegando a perder 25 quilos de seu peso, conforme informou em post no Facebook, sua esposa decidiu levá-lo no final da madrugada de hoje ao hospital 28 de Agosto.

Contudo, o socorro não chegou a tempo.

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