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Quem foi Silvio Berlusconi, italiano que morreu nesta segunda-feira

O clube Milan pertenceu a Berlusconi de 1986 até 2000.

Silvio Berlusconi , ex-primeiro-ministro da Itália, morreu na madrugada desta segunda-feira (12), aos 86 anos . Ele foi quatro vezes premiê italiano e se envolveu em várias polêmicas ao longo da vida.

Ele nasceu em Milão, na Itália, e chegou a trabalhar como cantor ("crooner") em um navio de passageiros durante a juventude. O ex-premiê utilizava o dinheiro para pagar a formação em Direito.

Berlusconi ainda começou como empresário em 1960, investindo no ramo da construção civil. Ele se envolveu em um projeto para construir quase 4 mil flats em um local próximo a Milão.

Segundo a última atualização do ranking de bilionários da Forbes, Berlusconi tinha uma fortuna de quase US$ 7 bilhões (cerca de R$ 34 bilhões) e era o 5º mais rico da Itália.

Na década de 70, o ex-premiê investiu na comunicação. Ele abriu uma empresa de TV a cabo chamada Telemilano e comprou mais dois canais a cabo, que foram incluídos no grupo Fininvest junto a lojas de departamento, companhias de seguro e o time de futebol AC Milan.

O clube Milan pertenceu a Berlusconi de 1986 até 2000. O time lamentou a morte do ex-dono através de um comunicado. Veja:

"Profundamente triste, o AC Milan lamenta a morte do inesquecível Silvio Berlusconi e deseja estender a mão à família, associados e amigos mais queridos para compartilhar nossas condolências", escreveu o clube, nas redes sociais. 'Amanhã, vamos sonhar com novas ambições, criar novos desafios e buscar novas vitórias. Que representarão o bem, o forte e o verdadeiro que está dentro de nós, em todos nós que compartilhamos essa aventura de unir nossas vidas a um sonho chamado Milan'. Obrigado, Sr. Presidente. Sempre conosco", escreveu o clube.

Política

Berlusconi atuou como empresário e investidor até 1993, quando decidiu entrar na política formando seu próprio partido, o centro-direitista Força Itália. Em 1994, ele foi eleito pela primeira vez como premiê. Porém, denúncias de fraude fizeram com que ele deixasse o cargo sete meses depois.

Ele voltou ao cargo em 2001, após vencer as eleições legislativas. Dois anos depois, ele foi presidente da União Europeia quando chegou a vez da Itália no sistema de rodízio.

Em 2008, aos 71 anos, tornou-se primeiro-ministro pela terceira vez com o partido PDL, integração entre o Força Itália e o Aliança Nacional, ambos de direita.

No ano de 2010, Berlusconi enfrentou maiores problemas se envolvendo em escândalos sexuais junto com uma crise econômica na Itália. Naquele ano, os ministros aliados pediram demissão e ele perdeu o apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Gianfranco Fini.

Silvio Berlusconi foi primeiro-ministro da Itália entre 1994 e 1995, de 2001 a 2005, entre 2005 e 2006 e de 2008 a 2011.

Polêmicas

Ainda em 2010, Berlusconi foi acusado de ter feito sexo com uma dançarina menor de idade. Segundo a mídia italiana, ela tinha 17 anos, marroquina e era conhecida como "Ruby, a ladra de corações".  Em sua biografia, o ex-primeiro-ministro negou o ocorrido: "Sempre disse que nunca toquei em Ruby".

Ruby retirou as acusações contra o premiê e negou que ser garota de programa, afirmando que Berlusconi deu a ela 60 mil euros por "generosidade". Na versão dele, foram 45 mil euros para a compra de um aparelho de depilação.

Em 2013, Berlusconi foi julgado e considerado culpado por abuso de poder e por usar sua influência com Ruby. O ex-premiê também foi considerado por pagar por sexo com uma menor de idade e foi condenado a sete anos de prisão, o que o impediria de ocupar um cargo público de novo.

No entanto, ele foi absolvido no ano seguinte após entrar com recurso.

Bunga-Bunga

Em 2011, ano em que deixou de ocupar cargos na política, a mídia italiana dizia que Berlusconi realizava diversas festas eróticas na residência onde morava. Um dos jornais afirmou que o ex-primeiro-ministro fez sexo com 33 mulheres em dois meses. Esses eventos ficaram conhecidos como "Bunga-bunga".

Na biografia, ele conta que o Bunga-bunga era uma piada de Muammar Khadafi, ex-governante da Líbia.

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