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Paulo Guedes diz que não quer destruir o que já existe no Amazonas

Em reunião com o governador Wilson Lima, prefeito Arthur Neto e a bancada parlamentar do Amazonas, o ministro da Economia do governo Bolsonaro, Paulo Guedes, disse que não quer destruir o que já existe no Estado e prometeu consultar técnicos da Suframa e dos representantes amazonenses sempre que houver alguma medida que comprometa a segurança jurídica do modelo.

Para o prefeito, a reunião foi produtiva. “Discutimos com ele o futuro da Zona Franca e como fazer para revitalizá-la e reprepará-la, inclusive, para que ganhe competitividade internacional. As demandas apresentadas pela bancada foram muito bem vistas por ele”, destacou Arthur.

O governador Wilson Lima, que se reuniu pela segunda vez com o ministro, voltou a defender que a ZFM não é um peso para o país e que contribui com o desenvolvimento econômico do Brasil. 

“A arrecadação federal do Amazonas compensa, em parte, as renúncias da ZFM. O modelo econômico que temos é importante pra região norte e também para o restante do Brasil. A Zona Franca de Manaus cumpre seu papel, conforme o estabelecido na Constituição Federal, e por isso não pode ser tratada como um gasto tributário”, afirmou o governador destacando os retornos positivos que a ZFM de Manaus dá ao país. 

O líder da bancada do Amazonas, senador Omar Aziz (PSD), avaliou a reunião como positiva. Há promessa de novas reuniões com a bancada do Estado, principalmente sobre a redução do IPI dos concentrados. O Decreto 9.514/18 passou a alíquota de IPI de 4% para 12% entre de 1º de janeiro a 30 de junho deste ano; e reduziu-a para 8% entre 1º de julho a 31 de dezembro. Após esse período, a alíquota retornará a 4%, percentual definido anteriormente pelo Decreto 9.394/18.

“Nós pedimos ajuda para o ministro em duas coisas: uma é em relação dos concentrados. Ele disse que fará novas reuniões com a bancada. Pedimos ajuda dele, pela relação que ele tem com os Estados Unidos, que podemos exportar muitos produtos finais para os Estados Unidos. Estamos a cinco horas de lá. Podemos colocar esses produtos lá e, principalmente, exportar para países da América do Sul como Peru, Colômbia… Isso nos ajudaria na balança comercial”, explicou o parlamentar. 

Já Marcelo Ramos saiu da reunião, no mínimo, estranhando as informações do ministro sobre as empresas instaladas no Amazonas. Isso porque, ao comentar sobre as mudanças no IPI das indústrias de concentrados, Paulo Guedes disse que a Coca Cola no Estado gera 80 empregos. Marcelo interviu. “Não, ministro, além dos empregos fábrica da Coca , são mais de 2 mil empregos na plantação de cana de açúcar e guaraná só na Jayoro, em Presidente Figueiredo, empregos esses que só existem por conta da indústria de concentrados”, corrigiu.


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