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O Centro Cultural Palácio da Justiça, localizado na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro, zona sul de Manaus, comemora 120 de anos de fundação nesta terça-feira (21), feriado de Tiradentes. O prédio, que é patrimônio do Amazonas, já foi sede do Poder Judiciário do Estado e é um dos principais exemplares da arquitetura clássica do período áureo da economia da borracha.

Com as recomendações de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19), o Palácio da Justiça encontra-se fechado, mas, para quem deseja conhecer o espaço de perto, é possível acessar a visita virtual em 360 graus e também uma visita guiada em vídeo, narrada por um dos guias do patrimônio. As duas opções estão na aba “Cultura Sem Sair de Casa”, no Portal da Cultura (cultura.am.gov.br).

Inaugurado em 21 de abril de 1900 para abrigar a sede do Poder Judiciário, o palácio está localizado em ponto privilegiado de uma das principais avenidas da capital. Em 1980, o prédio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas.

Características - O Palácio da Justiça tem portões de ferro fundido importados de Glasgow, na Escócia, e calçada e escadarias em pedra de Liós, de Lisboa. O teto do hall é revestido em estuques com paredes em imitação de mármore e a escada principal tem guarda-corpo metálico, com arcos dourados com seis hermas ou cariátides, importadas de Lisboa. O piso do hall é de ladrilhos hidráulicos.

Já o segundo andar é decorado com balaustradas, óculos, tetos recobertos com estuques, colunas, cartelas e paredes marmorizadas e piso de madeira (acapu e pau-amarelo).

A mobília é centenária. Dentre os destaques está o relógio do tipo carrilhão, da década de 1920, com estrutura de jacarandá baiano e maquinário suíço. Tem também uma mesa feita de mogno, conjunto de mesas, cadeiras e espelho que vieram da última restauração, em 2002, além de móveis modernos, do funcionamento do Poder Judiciário até 2006, e lustre original feito de bronze e cristais.

Centro cultural - Em 2006, o prédio foi transformado em um centro cultural aberto à visitação pública e à promoção das artes, administrado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa. Além do mobiliário centenário e dos detalhes da arquitetura de estilo renascentista, o público tem acesso à história do Poder Judiciário do Amazonas, do Museu do Crime, apresentações e exposições de diversos artistas.

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