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Mário Adolfo Filho - Da Redação

A banda Oasis terminou em 2009, mas a paixão pelos hits e estilo excêntrico dos irmãos Gallagher continua até hoje. Prova disso foi o Oasis Day, especial que, em dois dias, reuniu no Teatro Amazonas a banda manauara Supernova, músicos da Orquestra Filarmônica do Amazonas e convidados que vieram a Manaus unicamente para as apresentações. Lotação esgotada com público formado por adolescentes, adultos e até mesmo crianças – a nova geração fã do britpop.

O Oasis Day nasceu há 12 anos, quando alguns amigos de Manaus decidiram levar a adoração e influência do Oasis para os palcos uma vez por ano, em um dia dedicado exclusivamente à banda de Manchester. De um projeto pequeno e que passou por vários palcos, a banda Supernova atingiu o ápice da homenagem com uma cuidadosa produção do maestro Paulo Marinho - empolgaria até mesmo os enjoados Gallagher.

Quando David Freidzon entrou no palco ao melhor estilo Liam, os fãs que acompanham o Oasis há muito tempo deram um leve sorriso de canto de boca. A camisa usada pelo líder da Supernova lembrava o surrado casaco que o vocalista inglês usou durante a turnê do terceiro disco da banda, Be Here Now. No segundo dia a camisa parecia com a que Liam usou em Earls Court em 1995.

Banda fez referência até ao casaco usado por Liam no final dos anos 90

E as referências ao Oasis não pararam por aí. A guitarra de Gustavo Machado, com tema britânico, era semelhante a que Noel Gallagher também usou durante muito tempo. E até mesmo o balançar de braços de Freidzon, como se estivesse voando, homenageava um dos gestos mais característicos feitos foi Liam. Faltou apenas colocar a meia-lua na cabeça.

Com um set list imponente, a Supernova começou as apresentações dos dois dias com a empolgante Rock n’ Roll Star e fechou com a mais conhecida, Wonderwall. Passou por canções pouco badaladas do grande público, mas adoradas pelos mais íntimos, como Listen Up e It’s Good to Be Free. E passeou de forma magistral pelas clássicas Live Forever, Supersonic, Stand By Me e Don’t Go Away, que embora seja muito querida do público, pouco foi explorada pelo Oasis em seus shows ao vivo.

A guitarra semelhante ao instrumento usado por Noel durante muitos anos

Mas foi com Don’t Look Back In Anger, um dos hinos do Oasis, que o público fez a casa de ópera sacudir. As primeiras notas de piano do músico manauara Mauro Lippi logo levaram os mais empolgados a gritar. E o refrão cantado uníssono pela plateia fizeram esta parte do show ser especial. Inesquecível para a banda e para a legião de fãs.

O triunfo completo de produção da Supernova ainda teve a participação da Orquestra Filarmônica do Amazonas. Primeiro em Whatever, que, originalmente tem acordes da Orquestra Filarmônica de Londres. Depois em muita outras canções, como a reverenciada pelo público Stop Crying Your Heart.

Ao todo, somados os dois dias, quatro horas da máxima expressão do som  ‘amazônico-inglês’. Sem dúvida nenhuma, o maior tributo já feito ao Oasis em solo brasileiro. De Manaus para o mundo ver. O rock n’roll nunca vai morrer!

Banda no palco do Teatro Amazonas

Participações especiais

Champagne Supernova na voz de Liam Gallagher é imbatível e considerado um dos maiores clássicos dos anos 90. Mas quando o jovem Thiago Carneio, um dos convidados especiais, cantou os primeiros versos da música, no dia 20, provocou olhares entre os fãs. A voz lembrou o ídolo inglês em seu auge e abrilhantou o espetáculo.

Carneio foi escolhido por Noel em 2009 como o melhor cover do Oasis em um concurso mundial. A semelhança da voz do carioca vocalista da The Outs era tão grande que fez muitos fecharam os olhos e imaginar o próprio Liam cantando no Teatro Amazonas a música que dá nome à banda amazonense.

No dia 22, foi a vez do vocalista da Cachorro Grande, Beto Bruno, subir no palco do Teatro Amazonas. O alucinado (no bom sentido) gaúcho cantou Slide Away, Acquiesce e Some Might Say – três hits dos mais famosos. Brincou de errar entradas, letras e refrões. Tirou onda com ele mesmo sob aplausos da plateia.

Mas tá tudo certo. Até mesmo Liam errou várias vezes ao longo da carreira. Os deuses do rock curtiram e já esperam o Oasis Day de 2019.

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