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Na Assembleia Legislativa é “cachorro amarrado e pau comendo”

O tempo voltou a fechar, nesta quinta-feira, 21, na Assembleia Legislativa. A poeira levantou quando, em pronunciamento na sessão virtual, a deputada Alessandra Campêlo (MDB) voltou a detonar  a postura do presidente da Casa,  Josué Neto (PRTB). Sem papas na língua, a líder do MDB acusou o presidente de conduzir os trabalhos de forma “autoritária’, além de desrespeita o regimento interno, além das constituições Estadual e Federal.

—  A Assembleia tem se transformado numa guerra onde não importa o que a população está passando, o presidente quer, acima de tudo, cortar as falas dos parlamentares, impor sua vontade fora da lei! –, disse.

Não provoque

A vice-presidente da Casa afirmou, ainda, que vai denunciar Josué Neto em todos os órgãos possíveis, por considerar desrespeitoso o tratamento dado por ele à bancada feminina

— Coincidentemente, você só é valente com as deputadas. Quando levamos propostas da Comissão da Mulher, você apoia, mas quando uma mulher fala alto e contraria sua vontade política, passa a ser odiada.

Gabinete do ódio

La Campelo disse que está sendo atacada por uma chuva de  Fake News nas redes sociais, através do “gabinete do ódio”, coordenados, segundo ela, por grupos ligados à sigla de Josué. Comandado por Josué.

— Seus fakes podem continuar. Nenhum homem covarde que esteja me atacando em redes sociais vai me vencer. Fui eleita e reeleita pelo povo do Amazonas e não vai ser Vossa Excelência que vai me calar.

Quem ferra quem

No entanto, Josué jura de pés juntos que o atacado é ele a vítima do “gabinete do ódio” de Alessandra.

— Veja  bem, quem está sendo atacado por gabinete do ódio sou. Já tenho ações na Justiça nesse sentido. Eu sou a vítima.

A vítima sou eu

Josué afirma que todos já perceberam quem é atacado  todos os dias.

— Eu  sou vítima da diversas fake news. Tem muita gente gastando dinheiro com isso. Eu sou a vítima –, afirmou.

Que papelão, Felipe!

E o Felipe Souza (Patriotas), hein? Que papelão. Ameaçou sair da CPI da saúde, fez barulho, esperneou e depois do fuzuê disse que “apenas ameacei retirar meu nome’. Na verdade, em 24h, o deputado levou tanto ‘cascudo” que decidiu recuar.

Deputado voltou atrás meia hora depois

Fez que ia, mas não foi

Se o homem sai, de verdade, a CPI iria dar xabu. Isso porque para ser instalada, a  comissão precisa de, no mínimo, oito assinaturas.

— Calma, gente. Eu não cheguei a retirar, só eu ameacei retirar – explicou o parlamentar com um sorriso amarelo no canto boca boca.

Só a economia interessa

Como já era de se esperar,  as discussões sobre medidas de isolamento social e a retomada das atividades econômicas durante a pandemia do novo coronavírus ficaram de fora da reunião entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os governadores.

Morde e assopra

O encontro virtual foi uma espécie de ‘trégua pela paz’, depois de muito “catiripapos” durante a semana.

Bolsonaro e os governadores focaram na discussão sobre impacto econômico da crise de saúde.

E quase nada falaram dos quase 20 mil mortos pela covid-19 e da curva de contaminação em ascendência: são 293.357 casos confirmados até quarta-feira.

Orelha quente

Apesar do clima de “ternurinha”, ainda teve governador que saiu falando mal. Em conversas reservadas, alguns líderes dos Estados reclamam que as reuniões de Bolsonaro “costumam ser pouco produtivas”.

Querias

É compreensível, afinal, entre os governadores, havia a expectativa que o presidente discutisse um plano de retomada econômica e anunciasse medidas efetivas, o que não ocorreu.

Wilson adorou

Já o governador do Amazonas, Wilson lima, adorou a reunião.

E chegou até a classificar como “histórica” videoconferência com Bolsonaro. Principalmente pelo Projeto de Lei Complementar nº 39/2020, que estabelece um programa de auxílio financeiro aos entes federativos durante a pandemia do novo coronavírus.

— O Estado do Amazonas pode receber até R$ 1 bilhão divididos em parcelas nos próximos quatro meses. Isso nos ajuda a manter o equilíbrio fiscal, levando em consideração a perda que estamos tendo em função da diminuição da arrecadação de ICMS.

Taí o que você queria

O governador saiu da reunião comentando que é disso que o país precisa em um momento como esse, que as autoridades sentem à mesa e encontrem consenso para superar a Covid-19.

Governador afirmou que o auxílio será importante para o Amazonas

Um avanço

A presença dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, na reunião de Bolsonaro com os e governadores foi bem recebida, também, pelos  senadores.

Eles consideraram um “avanço” na tentativa de manter o diálogo e a união entre os Poderes em torno das iniciativas para minimizar os impactos da pandemia pela covid-19.

Trégua ao radicalismo

No  Twitter,  o líder do MDB, senador Eduardo Braga (AM), disse que o esforço pelo diálogo e o apelo por um trabalho conjunto deram o tom da reunião com o  presidente.

—Não era sem tempo. A pandemia exige trégua em radicalismos e conflitos. É hora de salvar vidas e empregos –, disse Eduardo.

Bônus Saúde

Tramita na Câmara municipal indicação sugerindo a  criação do Bônus Saúde, para os profissionais que atuam em regime de plantão no enfrentamento à pandemia da Covid-19, nos hospitais do amazonas.

Vida em trisco

Autora da proposta, a vereadora a vereadora professora Jacqueline (Podemos) justifica que a enfrentamento a pandemia tem colocado em risco a vida dos profissionais de saúde que atuam na linha de frente.

Quanto será?

Se aprovada na Câmara, a proposta será enviada ao Executivo Municipal, que tomará todas as providências e definirá questões como o valor e a forma de repasse do benefício.

Quem cala...

Diante do estado de coisas que fazem tremer os pilares da democracia e da República brasileira,  nunca esteve tão atual a frase do ativista político estadunidense, Martin Luther King Jr.

— O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silencio dos bons.

ÚLTIMA HORA

O ex-ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) concedeu entrevista à revista americana Time e falou sobre sua saída do governo de Jair Bolsonaro. "Eu não entrei no governo para servir a um mestre. Eu entrei para servir ao país, à lei", disse o ex-juiz da Lava Jato, que repetiu a afirmação em português em sua conta no Twitter. Moro também foi evasivo ao falar sobre as eleições de 2022. "Essa não é a preocupação do momento", disse o ex-ministro. "Eu acabei de sair do governo. Eu preciso restabelecer minha vida privada. E estamos no meio de uma pandemia", completou.

ORGULHO

Pesquisadores chineses desenvolveram um medicamento capaz de imunizar temporariamente pessoas infectadas pela Covid-19, até que uma vacina definitiva seja aprovada. Uma equipe de pesquisa liderada por Sunney Xie, diretor do Centro de Inovação Avançada em Genômica de Pequim – ICG – da Universidade de Pequim -PKU, identificou com sucesso vários anticorpos neutralizantes, altamente potentes contra o novo coronavírus, no plasma de convalescentes, ou seja, pessoas que se recuperaram da doença.

VERGONHA

Dois meses após pedir à Justiça do Rio acesso às investigações do assassinato de Marielle Franco, Mônica Benício, a viúva da vereadora, não recebeu resposta. No começo de março, o juiz Gustavo Kalil, da 4ª Vara Criminal, decidiu que os dois acusados pela morte de Marielle e do seu motorista, Anderson Gomes, serão julgados pelo Tribunal do Júri. No fim de maio, o STJ julgará o pedido de federalização do caso.

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