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Na Jovem Pan, Coppolla diz que ribeirinho é o grande responsável pelo desmatamento

Recém contratado pela Jovem Pan, após deixar a CNN Brasil, Caio Coppolla participou do programa Pânico destra segunda-feira, 29/11, e culpou os pequenos proprietários e ribeirinhos pelos grandes desmatamentos na Amazônia. De acordo com ele, quem propaga o contrário é a "militância antipatriota".

"Quem desmata não é o agronegócio. O agronegócio está interessado na preservação do solo e no aumento de produtividade com menos área. O que destrói justamente é a economia de subisistência. São os pquenos negócios rurais, as queimadas, este tipo de coisa", disse, sem ser questionado pelos demais participantes.

Para a ex-secretária do Meio Ambiente de Manaus, Kátia Schweickardt, este tipo de fala. é um grande absurdo. "Isso é um absurso. Não tem nem cabimento. A economia de subsistência não tem nem escala para promover este tipo de desmatamento", diz ela, que é formada em Agronomia e Ciências Sociais, mestrado em Sociedade e Cultura na Amazônia pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

O que é a subsistência

A agricultura de subsistência é uma modalidade que tem como principal objetivo a produção de alimentos para garantir a sobrevivência do agricultor, da sua família e da comunidade em que está inserido, ou seja, ela visa suprir as necessidades alimentares das famílias rurais.

O desmatamento realizado por pequenos proprietários e agricultores é caracterizado por áreas pequenas com a derrubada da vegetação feita de forma manual, cujo objetivo é a própria subsistência.

Em comparação com a atuação de outros setores, o impacto da agricultura familiar é extremamente menor, já que o avanço sob a floresta nativa é baixo. Ainda que haja focos de desmatamento, geralmente a longo prazo acontece o processo de rotação das plantações que passam a ocupar a área.

Isso significa que os territórios usados são substituídos por outros, o que possibilita um processo de regeneração local. A prática da agricultura, diferente das demais, não é regida pela lógica da expansão e do lucro e sim da sobrevivência por meio da terra.

O impacto da agricultura familiar é extremamente menor, já que o avanço sob a floresta nativa é baixo
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