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Amazonas intensifica acolhimento da população em situação de rua em abrigo emergencial

O Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), tem intensificado as ações de acolhimento da população em situação de rua para o abrigo emergencial temporário, localizado na área da Concentração do Sambódromo, zona centro-oeste. O espaço foi inaugurado no dia 25 de fevereiro, como medida de proteger esse público do contágio da Covid-19, e já conta com 82 abrigados.

O espaço possui capacidade para atender até 150 pessoas dessa população em vulnerabilidade, e funciona 24 horas com oito estruturas de tendas, abrangendo 800m², nos moldes das disponibilizadas pela operação “Acolhida”, do Governo Federal. O abrigo segue os protocolos de segurança estabelecidos pelo Ministério da Saúde e por organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS).

No local, os abrigados contam com dormitórios, refeitórios e banheiros, recebem seis refeições diárias e têm acesso a atividades culturais, palestras, atendimento psicossocial, além de acesso à documentação civil.

As atividades são realizadas por servidores do corpo técnico da Sejusc e por Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que atuam no espaço.

“Estamos atualmente com 82 pessoas no abrigo emergencial. Nessa próxima semana, vamos fazer, novamente, uma nova triagem até chegar no quantitativo de 150. Antes de entrarem no espaço, elas fazem o teste do vírus para ver se estão infectadas. Quando estão infectadas, a gente dá encaminhamento para que elas tenham tratamento. No abrigo, elas estão tendo alimentação, tratamentos psicossociais e várias atividades”, explicou a secretária executiva de Direitos Humanos da Sejusc, France Mendes.

Na última sexta-feira (05/03), os abrigados receberam atendimento de corte de cabelo e designer de sobrancelhas oferecidos pelas OSC Nacer e Movidos Pelo Amor, que atua com ações voltadas para pessoas em situação de rua na cidade de Manaus. “Nosso papel é estar cooperando com essa ação, no corte de cabelo. Como nós já trabalhamos com esse público, estamos justamente para somar e para que isso possa crescer mais ainda”, destacou o coordenador da instituição, Astrogildo Lima.

Triagem

Antes do acesso ao abrigo emergencial, as pessoas em situação de rua passam por testes rápidos para Covid-19, HIV (vírus causador da Aids) e tuberculose, realizados por equipe do Consultório na Rua, da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), e também pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM). A triagem ocorre na sede da OSC Comunidade Católica Nova e Eterna Aliança, rua Visconde de Mauá, 339, Centro de Manaus.

Após a coleta, é preenchida a ficha social com os dados do solicitante, além dele ser informado sobre as regras de convivência do abrigo. Caso aceite e não teste positivo para o novo coronavírus, deve assinar um termo de comprometimento, recebendo então uma fita azul, que garante a entrada no local. Após isso, ele é levado em um ônibus, cedido pela Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), até o abrigo.

“Na triagem temos os testes rápidos inclusive de Covid. Testando negativo para Covid, essa pessoa passa pela triagem social com nossa equipe psicossocial e, se ela quiser, é encaminhada para o abrigo. Nele, a gente trabalha com todo tipo de assistência para esse cidadão com a questão da cidadania, que inclui a documentação civil, e a atenção à saúde, seja ela mental ou física”, comentou o gerente de Políticas à População em Situação de Rua da Sejusc, Edney de Souza.

Um homem de 44 anos, que passou pela triagem, disse que ficou feliz com a oportunidade de ir para o abrigo. “Vou dormir melhor, ficar longe das drogas, que é o que mais me atinge. Vai me ajudar e muito. Agradeço a Deus”, disse.

Equipes e apoios

Servidores de todas as secretarias executivas da Sejusc trabalham no abrigo, com o objetivo de garantir os direitos legais da população em situação de rua, atendendo a política estadual e nacional de direitos humanos.  Todo o trabalho desenvolvido no abrigo emergencial conta com o apoio das secretarias de Estado de Assistência Social (Seas), de Saúde (SES) e de Cultura e Economia Criativa; da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa); e de OSCs que atuam com esse público.

“O trabalho nesse abrigo tem a intenção da prevenção contra o coronavírus, uma vez que essa população em situação de rua fica em extrema vulnerabilidade. E o Governo do Amazonas, pensando nessa situação, propôs esse abrigo emergencial, com apoio de todas as OSCs que trabalham com esse público. É uma junção do Comitê da População de Rua, com o apoio de várias associações e fóruns de saúde mental, que têm nos auxiliado na dinâmica diariamente com essa população”, explicou a chefe do Departamento de Promoção e Defesa de Direitos da Sejusc, Janeffer Santos.

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