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Garantido teve sua melhor noite em muitos anos e está confiante no título

A “cabocada perrexé” da Baixa de São José viveu um verdadeiro espetáculo de resistência e superação em seu último ato na disputa do 54º Festival Folclórico de Parintins. A subtemática “Garantido: o Boi da Liberdade do Povo” completou a trilogia da Luta, Alegria e Liberdade do tema “Nós, O Povo”, desenvolvido nas três noites de apresentação do Boi Bumbá Garantido.

A vaqueirada, o bailado corrido e a Batucada, de pés no chão, em alusão aos “perrexés” (cabocos dos pés rachados) vermelhos, precederam a celebração folclórica ‘Sonhos de Liberdade’.  A arena foi transformada no Terreiro de Dona Xanda, mãe de Lindolfo Monteverde. O trabalho dos artistas Jair Mendes e Vandir Santos trouxe uma imagem gigante de Lindolfo Monteverde, trazendo o Boi Garantido.

A Sinhazinha da Fazenda, Djidja Cardoso veio em seguida acalantar o novilho branco. A Liberdade foi representada pela Rainha do Folclore, Brenda Beltrão, enquanto o Amo do Boi, Gaspar Medeiros fez a sua primeira aparição na arena. Foi um momento de muita energia e superação do sufoco vivido nos minutos finais da segunda noite de apresentação.

Na lenda Amazônica “Wadye, devorador de cunhãs”, da tribo indígena Kamakã, o pajé Adriano Paketá viveu mais uma de suas brilhantes apresentações. Paketa levantou o astral dos camisa encarnada ao som de um tambor, anunciando a “Celebração da Fé”, toada de autoria e interpretação do levantador de toadas Sebastião Júnior.

Exaltação à cabocada

Na Figura Típica Regional o Boi de Lindolfo exaltou o “O Caboclo da Amazônia”, trazendo no conjunto alegórico o pescador, o juteiro e o erveiro. Yara cedeu a sua mão para o cenário da Porta-Estandarte Edilene Tavares. Em outra performance, o apresentador Israel Paulain interagia com a galera, al lado dos animadores da torcia vermelha.

 Na despedida de mais um protagonismo do Boi de são José no festival dos parintinenses, os camisa encarnada celebraram a vitória da Luz, no ritual “Palikur, o Triunfo da Luz”, dos índios Palikur, nação que habita o Norte da foz do Amazonas. Eles acreditam na relação entre o mundo terrestre visível e o mundo celeste sobrenatural. Foi mais um momento de êxtase do Pajé Paketá na encenação da passagem para a eternidade. Nas arquibancadas a galera seguiu cantando e depois veio o g rito de campeão, num prenúncio otimista do resultado que será divulgado nesta segunda-feira.

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