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Em Manaus, 72 pessoas foram enterradas como indigentes neste ano

O Instituto Médico Legal (IML) realizou 72 sepultamentos de pessoas não identificadas por familiares no Amazonas de janeiro a setembro deste ano, um aumento de 17% em relação a igual período de 2017, quando houve 60 sepultamentos em igual período.

Segundo o diretor do Instituto, Lin Hung Cha, menos de 1% dos corpos são revistos após o sepultamento. No ano passado inteiro, foram realizados 88 enterros de pessoas classificadas como indigentes.

O diretor do IML explicou que não há lei específica que preveja o prazo para que os corpos fiquem sob os cuidados do órgão.  “Quando não há busca por parte dos familiares, em 30 dias é solicitado o sepultamento como indigente ou a doação do corpo conforme a Lei n° 8.501, a Lei de Doação de Cadáveres”, afirmou. Até o mês passado, havia 18 corpos nas câmeras frigoríficas do instituto, sendo dez não identificados e oito aguardando exame de DNA.

Lin Hung Cha destaca que as pessoas enterradas como indigentes são, em geral, as que vêm de hospitais e as vítimas de mortes violentas. “As causas de mortes mais frequentes nesses casos são por doença, com 20% dos casos”, disse. Na sequência aparecem os acidentes de trânsito, com 13,5%, afogamentos, com 12,1%, agressão física, com 10,8%, arma branca, com 9,4%, e arma de fogo, também com 9,4%.

As famílias podem fazer a identificação dos corpos indo diretamente ao instituto e fazendo a ficha de desaparecimento junto à Assistência Social. O requerimento de corpo é encaminhado para Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), que aciona o SOS funeral.

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