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Dito & Feito - E agora, nossos políticos ainda dariam um título de Cidadão do Amazonas a Bolsonaro?

O cerco da CPI da Covid está se fechando e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) parece que anda trocando o discurso irônico, sarcástico, pelo ódio manifestados em suas últimas declarações. Durante live transmitida na noite de quinta-feira, o dia em que a CPI da Covid chegou a seu ápice para desmontar as mentiras do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o capitão atacou os senadores do Amazonas membros da comissão –, o presidente, Omar Aziz (PSD), e o emedebista Eduardo Braga –, justamente  pelo calcanhar de Aquiles do Amazonas, a  Zona Franca de Manaus.

Horas depois do fim do segundo dia de depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, general da ativa, Bolsonaro citou políticas implementadas por governos militares e a criação da Zona Franca de Manaus.

—  Imagine Manaus sem a Zona Franca. Hein, senador Aziz?  Você que fala tanto na CPI, senador Eduardo Braga, imagine aí o Estado, ou Manaus, sem a Zona Franca? —, alfinetou Bolsonaro, numa espécie de ameaça velada, insinuando acabar com um dos principais polos de desenvolvimento econômico do Amazonas, a Zona Franca de Manaus.

O buraco é mais embaixo

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), reagiu às ameaças de Jair.

—  O Presidente pode ameaçar a mim, ao Eduardo, mas ao ameaçar a Zona Franca de Manaus o negócio é mais embaixo.

Sustento e a vida

Omar disse que é preciso respeitar os amazonenses, “porque ele não pode ameaçar algo que é garantido por lei.

— É a Zona Franca  que assegura o sustento e a vida de tantos amazonenses” –, escreveu o senador no Twitter.

Já sofremos  muito

Na mesma linha, Eduardo Braga lembrou que a Zona Franca tem garantia constitucional e a ameaça de Bolsonaro não atinge políticos, mas o povo que depende dela para o sustento.

— Sobre a fala do presidente em live, a respeito da continuidade da ZFM,  a insinuação não pode ser vista como uma ameaça aos políticos do Amazonas, e sim ao povo que já sofre com a enchente, com a pandemia, os desgovernos, e agora uma ameaça ao sustento das famílias.

Floresta em pé

Eduardo lembrou ao presidente que a  ZFM tem garantia constitucional, além de ser patrimônio do povo amazonense e um inestimável “instrumento de preservação da maior floresta tropical do mundo”, respondeu o senador.

Fonte: Agência Senado

Por Mário Adolfo

Está apavorado

O vice-presidente da Câmara dos Deputados,  Marcelo Ramos (PL-AM) declarou que o presidente não tem compromisso com o Amazonas e que teme as investigações da CPI da Covid no Senado.

Essa conduta do presidente demonstra duas coisas: primeiro, que ele está apavorado, segundo que ele não tem compromisso com interesses maiores do povo do Amazonas.

ZFM sem Guedes

Ramos disse ainda que prefere “imaginar a ZFM sem o Paulo Guedes” e que, quando o presidente ameaça a ZFM, ele não ameaça apenas os senadores Omar e Braga.

— Ele ameaça o emprego de milhares de amazonenses, os negócios das empresas que investem em Manaus, a receita de impostos estaduais que pagam saúde e educação - detonou.

Caiu na rede

O deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) classificou como ameaça e desespero a fala do presidente Jair Bolsonaro sobre a ZFM dirigida aos dois senadores do Amazonas que integram a CPI.

— A verdade é que o presidente Bolsonaro tem consciência de que ele caiu na rede da CPI da Covid, não só ele, mas o governo dele como um todo.

Pega na mentira

Para Sarafa, os  ministros e secretários que foram à CPI depor mentiram e foram pegos na mentira.

— Tudo isso remete para cima dele, que é o responsável por mais de 440 mil mortes no Brasil.

Irracional e estúpido

Único voto contrário à concessão de título do Cidadão do Amazonas ao presidente Jair Bolsonaro, Serafim voltou a afirmar que o presidente, por episódios como este, não merece o carinho e respeito da população do Amazonas, mas o repúdio.

—  Ele é um irracional, uma estupidez em pessoa. E eu quero repudiar, quero dizer que estou do outro lado do rio, o Bolsonaro está de um lado do rio e eu do outro lado, porque ele é contra os interesses da Amazônia.

Perguntar não ofende

E agora, senhores deputados da Assembleia Legislativa do Amazonas, os senhores ainda dariam o título de Cidadão do Amazonas a Bolsonaro?

Cegueira política

É lamentável, mas ainda tem muito político em Manaus que vai de encontro aos interesses do Amazonas para defender “cegamente”, o presidente Bolsonaro.

Não importa que pessoas tenham morrido por asfixia na crise do oxigênio; virado cobaia em testes do cloroquina nas UTIs;  colapso na saúde; falta de avião para buscar oxigênio oferecido pelo Venezuela, ameaça à ZFM... nada disso importa.

Ele acima de tudo

Nada, absolutamente nada, parece sensibilizar alguns de nossos políticos. O ex-vereador Chico Preto é um deles que continua defendendo com unhas e dentes o desgoverno  Jair Bolsonaro.

Pede desculpa

Talvez até por vergonha de reconhecer o erro e dizer para os seus eleitores “me perdoem, eu estava equivocado”, Chico prefere ir contra os próprios interesses de seu estado, de deu povo.

Derramando a bile

Esta semana, Marco Antônio – este é seu verdadeiro nome –, derramou sua bile contra  o senador Omar Aziz (PSD-AM) que, querendo ou não seus adversários  políticos, vem comandando a CPI Covid com equilíbrio, segurança e autoridade.

Cutucando onça

Direitista juramentado, Chico escreveu nas redes sociais:  “Pare de querer achar penas  em tracajá. Jair Bolsonaro não ameaçou a “Zona Franca (...) Isso prova a sua pequenez. Diga o que fizeste em prol  do Amazonas no senado?  O problema da pandemia passa pelos maus caminhos da saúde. Tu sabes disso”, atacou o vereador.

Equivocado: Chico Preto atacou Omar em defesa de Bolsonaro

Só difere no  tamanho

Pelo visto, Chico Preto não difere nada do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ). Só no tamanho e nos músculos. O cérebro é o mesmo.

Silveira é aquele parlamentar bolsonarista que divulgou um vídeo fazendo  apologia ao AI-5 – instrumento de repressão mais duro da ditadura militar–, e defendendo  o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF), o que é inconstitucional, e fo/i preso pela federal.

Inferno astral

Além da CPI, o presidente Jair Bolsonaro tem outras razões para andar irritado e nervoso.

Pesquisa do Instituto Vox Populi aponta que ele  atingiu a pior avaliação desde o início do governo. A percepção negativa das ações do governo federal diante da pandemia do novo coronavírus também alcançou nível bastante alto.

Luz amarela acesa

No  levantamento, 48% dos entrevistados avaliam de forma negativa o governo Bolsonaro, sendo que em junho de 2020, esse número era de 44%; e em abril de 2020, 38%.  Já os que apontam o desempenho positivamente estão em 22% – nas duas pesquisas anteriores, respectivamente, os índices eram de 31% e 35%.

Olha lá Lula!

Para completar, uma nova pesquisa eleitoral, desta vez realizado pelo EXAME/Ideia, mostrou que o ex-presidente  Luís Inácio Lula da Silva (PT) segue como favorito para as eleições presidenciais de 2022. O levantamento aponta vitória do petista contra Jair Bolsonaro por 45% dos votos.

Continua crescendo

Enquanto Lula apresenta forte tendência de aumento no número de votos válidos no segundo turno – 28% em janeiro, 37% em março, 40% em abril e 45% em maio –, o presidente Jair Bolsonaro segue com dificuldades e oscila na margem de erro – apresentou 45% dos votos em janeiro, 44% em março, 38% em abril e 37% em maio.

Xingou FHC

Dando provas de que, para ele, já nem importa a postura que um presidente deve ter, Bolsonaro xingou de "cara de pau" o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por dizer que votaria em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um eventual segundo turno nas eleições de 2022.

A declaração é uma resposta a uma recente entrevista do tucano ao "Conversa com Bial", da TV Globo, em que FHC avaliou o petista como um "democrata" que respeita as instituições.

Insinuou comprar o MST

Bolsonaro ainda sugeriu apoiar uma nova ocupação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na fazenda da família do tucano em Buritis (MG), como aconteceu em 2002.

— Dá uma vontade de soltar um dinheirinho para o MST da região da fazenda do FHC, para o pessoal invadir de novo lá. Quem sabe ele aprenda , sugeriu Bolsonaro, lançando ainda ataques a Lula da Silva, que classificou de "ladrão de nove dedos".

A escolha de FHC

Por sua vez, FHC disse que nunca votou em Bolsonaro, e dessa vez quer poder "votar com tranquilidade".

— Mas se não puder votar com tranquilidade eu vou fazer uma  escolha, porque nós sabemos o que significa o Bolsonaro.

Lula panfletou nas portas das fábricas para eleger FHC senador

Votaria em Lula

Para o ex-presidente tucano, Lula é uma  "pessoa curiosa por ser ao mesmo tempo um líder sindical que olha para os que mais precisam e que também gosta dos que não precisam" .

Não  tem medo do PT

Ao ser perguntado se faria campanha para Lula em caso de polarização com Jair nas eleições, FHC disse que, se for preciso, sim.

Espero que não seja necessário, mas se for, provavelmente, sim. PT é um partido importante que se organizou. Não tenho medo do PT.

Justiça nega recurso e acusados de matar Marielle vão a júri popular

Nas manifestações, a pergunta continua: quem mandou mata Marielle

O segundo vice-presidente do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Marcus Henrique Basílio, negou recurso da defesa do sargento reformado Ronnie Lessa para não ir à júri popular. Ele e Élcio Queiroz, que estão presos, são acusados dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Lessa pediu absolvição sumária por falta de indícios de autoria ou participação no crime. O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes completou três anos dia 08 de março. A investigação do caso trouxe à tona diversas informações sobre o submundo do crime no Rio de Janeiro, mas não solucionou algumas das principais dúvidas sobre os homicídios. Das três perguntas mais importantes – quem matou Marielle e Anderson, quem mandou matar Marielle e por que motivo –, apenas a primeira começou a ser respondida.

Depois de um ano de investigações, autoridades do Rio de Janeiro apontaram aqueles que teriam cometido os assassinatos. São eles o PM reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Elcio Queiroz, que havia sido expulso da corporação. Lessa e Queiroz ainda não foram julgados, mas foram denunciados pelo Ministério Público do Rio. As defesas negam que eles sejam os autores do crime.

ORGULHO

Para ajudar a Índia nesta pandemia, Vitalik Buterin, o cofundador russo-canadense da moeda digital Ethereum doou mais de US $ 1 bilhão para o fundo de socorro do país. Ele é o cripto bilionário mais jovem do mundo. As doações do programador foram direcionadas para o India Covid Relief Fund. A ideia é que todo o valor seja direcionado para a saúde, para aquisição de leitos, construção de hospitais e compras de insumos. Enquanto o mundo inteiro registra uma baixa nas contaminações, a Índia enfrenta uma onda forte de casos de Covid-19. O número de mortes por coronavírus no país infelizmente chega a mais de 4 mil por dia e, sem o suporte que precisam, os especialistas alertam que isso pode crescer.

VERGONHA

Atualmente Mais de 6 mil militares atuam em cargos civis no governo Jair Bolsonaro

54% da população brasileira rejeita a nomeação de militares para cargos no governo federal , de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado (22) pela Folha de S. Paulo. 41% dos entrevistados são favoráveis a esse tipo de nomeação, e 5% não souberam opinar. A pesquisa foi realizada nos dias 11 e 12 de maio e tem confiança de 95%. Há um ano, o mesmo questionamento foi feito pelo Datafolha, e a rejeição também foi maioria (52%) contra 43% de favoráveis às nomeações de militares. Atualmente Mais de 6 mil militares atuam em cargos civis no governo Jair Bolsonaro

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