O Amazonas perdeu o professor José Aldemir Oliveira, doutor em geografia e o terceiro reitor da Universidade Estadual do Amazonas (UEA), que morreu nesta sexta-feira, 22/11, depois de uma corajosa batalha contra um câncer.
Formado no antigo Instituto de Ciências e Letras, Zé Aldemir, apesar da pouca idade (tinha somente 65 anos) trilhou uma carreira notável.
Era um homem íntegro, sério, humano, justo e comprometido com suas opiniões, ideologia e seu trabalho.
Humano e solidário
Como disse o professor José Dantas Cyrino, que fez o básico no ICHL junto com Aldemir:
— Ele chegava a ser quase intolerante com o erro, com a desonestidade e com o desleixo. Sim, era rígido, mas humano e solidário –, disse Cyrino.
Sem vaidades
Como reitor, o Zé Aldemir fez um trabalho impecável.
Assumiu o cargo por escolha do governador Omar Aziz, de quem tinha total confiança. Fez um trabalho sóbrio, austero, competente. Sem vaidades ou pompas, como é comum a certos homens públicos quando estão no poder.
Pressão na reitoria
Deixou a reitoria em 2011, por pressão dos estudantes que queriam um reitor da UEA e Zé era da Ufam.
Aldemir era muito ético e decidiu sair, comunicando sua decisão ao governador.
O respeitado do governador
Quando a pressão cresceu, Omar foi à reitoria e disse que não aceitava sua saída.
— Vai sair porque quer, pois aqui quem manda sou eu! –, esbravejou o governador.
Mas Zé Aldemir foi embora assim mesmo.
“Três Oitão” do Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro disse que o número escolhido para o Aliança Pelo Brasil, seu novo partido, foi o 38.
— Eu acho um bom número, tínhamos poucas opções, mas acho que o 38 é um número mais fácil de gravar –, afirmou o presidente em sua live semanal no Facebook.
Como tudo remete ao caráter belicista do presidente, logo, logo um engraçadinho batizou o novo parido de “Três Oitão”.
Grosso caibre
A escolha do número – uma referência ao calibre de um dos revólveres mais utilizados no Brasil, popularmente chamado de “três oitão” –, foi feita através de uma enquete entre apoiadores. Ganharam o 38 e o 64″.
Anos de chumbo
A segunda da outra opção de número foi uma homenagem a 1964, ano de instauração da Ditadura Militar (1964-1985) no Brasil, que Bolsonaro chama de “revolução que salvou o País do comunismo”.
Quem sacar primeiro
O número, no entanto, já foi “escolhido” por outra sigla em formação: o Partido Militar Brasileiro, que está em fase final de criação junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
— Não vamos abrir mão do número, quem conseguir homologar primeiro fica com o 38 –, afirmou ao Estado o deputado Capitão Augusto (PL-SP), articulador da nova legenda.
Augusto é o coordenador da bancada da bala na Câmara dos Deputados.
Terezinha é hackeada!
A professora Terezinha Ruis (PSDB) teve o WhatsApp hackeado, segundo afirmou uma funcionária da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), no grupo de trabalho dos assessores da Casa.
Me dá um dinheiro aí
Através de uma mensagem, Marthinha Rodrigues, a funcionária da Aleam faz um apelo.
— Senhores assessores, hackearam o telefone da deputada Terezinha e estão passando mensagens de WhatsApp com o número dela pedindo dinheiro.
Com que dinheiro?
Finaliza pedindo atenção para o seu pedido:
— Fiquem atentos! Ninguém deposita nada!
Ao que um funcionária comentou:
— Com essa crise, ela pode ficar sossegada, ninguém vai depositar um centavo! (risos)
Razões para acreditar
O deputado federal Marcelo Ramos (PL) relembrou o caso do menino Guilherme, de 10 anos, que foi visto estudando em pé no tablet de uma loja.
— O caso repercutiu a ponto dele ganhar dois tablets com internet, com a campanha “Razões para Acreditar” –, comentou Ramos.
Tem dinheiro
A campanha foi promovida pela Samsung e comoveu todos os brasileiros.
Marcelo enalteceu o gesto da Samsung, lembrando que “a gigante do ramo dos eletroeletrônicos tem na Zona Franca de Manaus importantes unidades de produção”.
— Por mais empresas com essa sensibilidade social! – reconheceu Marcelo, provando que, quando tem dinheiro, dá pra fazer.
MP usurpa direitos
O deputado federal José Ricardo (PT) disse que é contra a MP 905/2019 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) publicada no Diário Oficial no último dia 12 de novembro.
— Sou contra a Medida provisória que ataca jornalistas, radialistas, publicitários, bancários e outras categorias profissionais acabando com o registro profissional das mesmas –, lamentou Ricardo.
Conversa com Damares
A deputada estadual Alessandra Campêlo (MDB) entregou para a Ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, as propostas de políticas públicas de combate à violência contra a mulher e ao feminicídio.
De todos os santos
O encontro com Damares – aquela que viu Jesus subindo na goiabeira –, aconteceu durante a 23ª Conferência Nacional da União Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale), em Salvador.
Encha o tanque
Acredite se quiser.
Pesquisa semanal de preço de combustíveis em Manaus, realizada pelo Procon/AM aponta menor preço da gasolina comum: R$ 4,35
Os menores preços de gasolinas comum (R$ 4,35) e aditivada (R$ 4,35) foram constatados em diversos postos .
Já o valor mais baixo do Etanol (R$ 3,24) foi encontrado no Posto Recopel, na avenida Autaz Mirim, 1.716.
Olho na bomba
A pesquisa Procon foi realizada neste sexta-feira, 22/11, através do Setor de Fiscalização do órgão.
E abrangeu a Gasolina Comum, Gasolina Aditivada, Etanol Hidratado, Óleo Diesel Comum (não aditivado) e Óleo Diesel S10 (aditivado).
55 postos
Realizada semanalmente, a pesquisa acompanha os preços praticados em Manaus.
O levantamento desta sexta-feira foi realizada em 55 postos espalhados pela cidade.
EM ALTA
Foi uma ideia louvável e humana. A empresa Etna baniu do seu catálogo a palavra “criado-mudo”, um termo considerado racista. Agora o móvel, que fica ao lado da cama, se chamará “mesa de cabeceira”. Muita gente não sabe a origem horrível desse nome. Em 1820 os escravos que faziam os serviços domésticos eram chamados de criados e alguns passavam dia e noite imóveis ao lado da cama do “senhor” com um copo d’água, ou segurando roupas. E tinham que ficar calados, mudos, porque alguns “senhores” achavam incômodo o fato de eles falarem. Muitos chegavam a perder a língua.
EM BAIXA
A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) divulgou uma nota de repúdio contra a Medida Provisória (MP) 905/19, criada pelo governo de Jair Bolsonaro, com o objetivo de gerar emprego precário para jovens de 18 a 29 anos, o que afeta diretamente várias categorias profissionais, entre elas a dos jornalistas. A FENAJ denunciou a “inconstitucionalidade da Medida Provisória 905/2019, que revoga a obrigatoriedade de registro para atuação profissional de jornalistas e de outras 13 profissões”.