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Há um ano, o primeiro caso do novo coronavírus era confirmado no Brasil, em um homem de 61 anos que havia viajado à Itália. Internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, ele se curou pouco mais de duas semanas depois, mas o vírus continuou chegando ao país e logo se espalhou, inicialmente entre as classes mais altas e, depois, entre os mais pobres, provocando a morte até quinta-feira (25/02) de 251,5 mil pessoas, segunda maior marca mundial.

Um ano depois, o País atravessa ponto sombrio da covid-19, com negacionismo, má gestão e crise econômica como pano de fundo. Perspectivas de superação são desalentadoras, e especialistas esperam 2021 ainda pior. O número de mortes diárias segue em patamar alto, acima do pico anterior da doença, em julho de 2020. São 36 dias seguidos com marcas acima de mil mortes em 24 horas, na média móvel de sete dias. No total, mais de 10,4 milhões de pessoas, ou 5% da população, já tiveram diagnóstico de infecção pelo vírus, número que deve ser bem maior devido à falta de exames e a subnotificação.  O SUS, além disso, enfrenta o seu pior momento desde o início da epidemia. Segundo balanço da Fiocruz, as taxas de ocupação de UTIs do sistema público batem recorde atualmente – 17 capitais têm lotação de pelo menos 80%.

Inevitável não culpá-lo

A Associação Juízes para a Democracia (AJD) chegou a encaminhar, em janeiro,  à Procuradoria-Geral da República, uma representação contra o presidente Jair Bolsonaro por “menosprezo” em relação ao agravamento da pandemia.

“Só uma gripizinha”

Entre outras coisas, a AJD  lista inicialmente diferentes 'ações e omissões' de Bolsonaro frente à pandemia: "Após chamar a Covid-19 de gripezinha, durante todo o ano de 2020 Jair Bolsonaro exonerou ou causou a demissão de ministros da saúde em momentos críticos, promoveu aglomerações, ignorou o uso de máscaras”, acusa o documento.

Informações falsas

Bolsonaro também difundiu informações falsas em relação à vacina, estimulou o consumo de medicamentos ineficazes ou mesmo prejudiciais à população em geral como suposta medida de prevenção contra a covid-19.

Jair Bolsonaro debochou da pandemia que para ele era só uma "grupizinha"

Taca cloroquina

Em julho de 2020, o Laboratório Químico e Farmacêutico do Exército brasileiro chegou a produzir 3 milhões de comprimidos de cloroquina 150 mg, de acordo com informações do Ministério da Defesa.

O remédio, que não tem eficácia científica comprovada, foi usado insistentemente pelo presidente Jair Bolsonaro como uma bandeira política no combate da doença.

Ataques à China e Índia

Além disso,  o “presidente portou-se de maneira a comprometer relações diplomáticas com países fornecedores de insumos fundamentais à imunização da população brasileira, como China e Índia", apontou a AJD.

Vacinação se arrasta

Enquanto isso, a vacinação caminha a passos lentos. Até esta quinta-feira, 6,2 milhões de pessoas haviam recebido ao menos a primeira dose da vacina, menos de 3% da população.

Omissão do governo

O ritmo lento da vacinação se deve à escassez estrutural do imunizante em todo o mundo, mas também a decisões do governo federal que não garantiram com antecedência um rol diversificado de fornecedores de vacinas.

Tábua de salvação

Senadores da bancada do Amazonas apresentaram um Projeto de Decreto Legislativo para sustar um decreto presidencial que diminui o Imposto de Importação de bicicletas (PDL 87/2021).

A medida, anunciada pelo governo federal no dia 17, reduz progressivamente a alíquota do imposto, de 35% para 20%, até o fim do ano.

Amigos do Bolsonaro

A proposta foi apresentada pelos senadores Eduardo Braga (MDB-AM), Omar Aziz (PSD-AM) e Plínio Valério (PSDB-AM). Os três, como se sabe, têm bom relacionamento,  com Jair Bolsonaro.

Na proposta, eles advertem que  a medida do governo traz enorme risco de desindustrialização para o setor, com incentivo de substituição da capacidade produtiva interna.

Indústria de peso

Para os senadores, o setor de bicicletas é decisivo para a geração de empregos em Manaus. “É preciso considerar o peso da indústria de bicicletas na geração de emprego e renda no país”.

5 mil empregos

Na zona franca de Manaus (ZFM), o setor gerou cerca de 1,1 mil empregos diretos e 3,5 mil indiretos, respondendo por um faturamento de ordem de R$ 764 milhões.

Bicicleta chinesa

Eduardo Braga afirmou que a resolução está destruindo empregos em todo o Brasil, não apenas na zona franca.

Eduardo Braga teme que Brasil venha a ter uma invasão de bicicletas chinesas

—  Nós passaremos a ser invadidos por bicicletas produzidas na China, gerando empregos na China e desempregando os brasileiros em um momento em que o Brasil precisa gerar emprego e renda para garantir a sobrevivência do nosso povo –, lamentou.

Quebra rua nunca mais

A Prefeitura de Manaus fez um acordo de cooperação técnica com as empresas Águas de Manaus, Cigás, OI, Agência Reguladora dos Serviços Públicos para conseguir uma trégua na buraqueira deixada nas ruas, todas as vezes que essas empresas prestam um serviço a seus usuários.

Cavou, fechou

O vice-prefeito e secretário de obras, Marcos Rotta, avisou que a prefeitura não vai mais permitir ações isoladas, sem autorização e sem qualidade na recomposição das vias na cidade de Manaus.

— Essas empresas terceirizam muitas vezes os trabalhos, e essa terceirização não atua com a qualidade exigida. Por isso, vamos passar a fiscalizar com maior intensidade e rigor essas obras, principalmente na recomposição da via após término dos serviços –, afirmou Rotta.

Respeito à cidade

O acordo entre a prefeitura e as concessionárias envolvidas tem o fim de evitar prejuízos para a cidade em razão de serviços executados por essas empresas.

Transtorno

Em sua maioria, os buracos deixados depois do serviço, acabam causando transtornos na mobilidade urbana, o que compromete a qualidade do asfaltamento.

Retratos da vida

O registro foi feito pelo fotógrafo Lucas Melo na quinta-feira (18):  Em meio ao caos, o médico Rodrigo Damasceno atende a  um bebê, que está com pneumonia, dentro da água. O registro foi feito pelo fotógrafo Lucas Melo na quinta-feira (18) e viralizou. A foto mostra o médico com a água acima da cintura, ouvindo os batimentos de uma criança com um estetoscópio, enquanto a mãe segura o filho no colo dentro de uma canoa. As informações são do G1, Acre.

Tarauacá afunda

A  cidade de Tarauacá, no interior do Acre, sofre uma das maiores enchentes de sua história. Mais de 90% do município está inundado e mais de 400 pessoas estão desabrigadas.

Lei Zezinho Corrêa

O novo edital de fomento à cultura da Prefeitura de Manaus homenageará o artista amazonense Zezinho Corrêa, que morreu no dia 6 de fevereiro, em decorrência de complicações causadas pela Covid-19.

As categorias que integrarão o Edital Prêmio Manaus Zezinho Corrêa 2021 são: Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Hip-Hop, Literatura, Manifestações Culturais, Teatro e Música.

Edital

A homenagem, proposta pela Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), ainda será oficializada aos familiares do cantor.

Segundo o diretor-presidente da Manauscult, Alonso Oliveira, o edital deverá ser lançado na primeira quinzena do mês de março.

Estouro do BBB

No dia da eliminação de Conká, o BBB bateu pico de 38 pontos de audiência (2,9 milhões de domicílios ligados no programa) na Grande São Paulo; no Rio, chegou a 40 pontos – uma audiência gigante e há muito não vista pelo reality.

As informações da revista Piauí.

Faturamento

Nunca na história houve uma edição de BBB como a atual. Primeiro, pelo faturamento.  A propaganda de veiculação nacional de trinta segundos no BBB custa 508 mil reais pelo valor de tabela.

Uma ação de merchan sai por 1,2 milhão de reais quando mostrada ao vivo (mais 15% de cachê ao apresentador Tiago Leifert e custos de produção).

Karol com K entre perdas e danos: virou a vilã do BBB 2021

Efeito inverso

Com Karol Conká sofreu efeito ao contrário. A cantora entrou no BBB com 1,5 milhão de seguidores, passou a 1,8 mi; saiu de lá com 1,2 mi.

Leite do Meu Filho

Devido a questões administrativas, agravadas pela pandemia da Covid-19, a prefeitura de Manaus decidiu interromper temporariamente a distribuição do composto lácteo destinado aos beneficiários do programa Leite do Meu Filho.

A partir de maio

O programa, que  destina unidades de leite Ninho 3+ às famílias de crianças na faixa etária de três a quatro anos e 11 meses de idade, será interrompido a partir deste  1º de maio.

Cai mais um

O presidente do Banco do Brasil (BB), André Brandão, colocou o cargo à disposição do presidente Jair Bolsonaro. A interlocutores, ele demonstrou estar incomodado com o clima político de Brasília e, sobretudo, com os rumores de que poderia ser o próximo alvo de Bolsonaro.

Melhor já ir embora

Brandão decidiu colocar o cargo à disposição depois que Bolsonaro anunciou a troca o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, pelo general Joaquim Silva e Luna.

E a interferência na Petrobras renovou os rumores de que o Banco do Brasil seria o próximo foco de interferências do presidente da República.

ÚLTIMA HORA

A primeira derrota de Arthur Lira

Na sua primeira derrota expressiva, o novo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), não conseguiu a maioria para votar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da imunidade parlamentar. A proposta, elaborada em poucos dias para proteger deputados e senadores perante o Judiciário, agora irá ser analisada por comissão. A votação já havia sido adiada na noite de ontem após lideranças concluírem que não havia garantia dos 308 votos necessários para alterar a Constituição. O presidente Arthur Lira e seus aliados articularam, desde então, para que a proposta ganhasse apoio e pudesse ser votada. Não tiveram sucesso. Na tarde desta sexta-feira, apenas 302 deputados votaram para manter a proposta na pauta.

A margem foi considerada pequena para votar a PEC, já que havia seis votos a menos que os 308 necessários para a aprovação. Para evitar a derrota, Lira decidiu adiar a votação. Em seu discurso, Lira admitiu que não houve consenso entre os líderes. Disse que fica muito "triste" com o fato de a PEC ser apelidada de "PEC da Impunidade" e que deveria ser chamada de "PEC da Democracia". Então tá!

ORGULHO

Os alunos do 3º Ano do Instituto Santa Teresinha, em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre,  doaram todo o dinheiro arrecadado pela turma para o Hospital do Juruá, que atende os pacientes vítimas da Covid-19. Foram anos economizando para a tão sonhada formatura e quando o dia finalmente chegou, ela deu lugar à solidariedade. A turma começou a arrecadar dinheiro no começo de 2019. No total, foram 6 mil reais. E tudo foi para confecção de roupas de cama e mais 42 cestas básicas também doadas para instituições da cidade.

Em Cruzeiro do Sul, estudantes doaram dinheiro da formatura ao hospital que trata Covid-19

VERGONHA

Enquanto isso, no Acre, jornalista Renato Jácome é demitido por "incomodar"Bolsonaro

O jornalista João Renato Jácome foi demitido e teve decreto de exoneração publicado no Diário Oficial da Prefeitura de Rio Branco de hoje. Ele deixa o cargo de chefe de gabinete na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, onde atuava havia pouco mais de um mês. Na última quarta-feira (24), de folga de seu trabalho como servidor, ele foi cobrir a visita do do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Acre como jornalista credenciado pelo Estadão. Durante a entrevista coletiva, ele fez uma pergunta sobre a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de anular a quebra de sigilo bancário de Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente. Bolsonaro se irritou com o questionamento, não respondeu a pergunta e encerrou a coletiva de forma abrupta, O prefeito Tião Bocalom (PP) é aliado de primeira hora do presidente, e inclusive veio de Brasília para Rio Branco com Bolsonaro na quarta-feira. Ele postou foto dentro do avião presidencial.

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