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José Costa de Aquino, o J. Aquino ou simplesmente ‘Carrapeta’, vai deixar saudades no parlamento e no rádio, onde atuou por muito tempo. Se elegeu vereador e deputado nas décadas de 1970-1980, sem pregar  um cartaz sequer no poste. Era um político feito na base do gogó, numa época em que o dinheiro não era tudo.

E  o rádio tinha  uma força –, não que não tenha hoje, mas é mais difícil concorrer com as redes sociais –, e as siglas partidárias eram apenas duas – o MDB (partido da oposição) e a Arena, do governo. Logo, ou se estava contra a ditadura ou favor. Não tinha muro. E Aquino batia pesado, no estilo do deboche, do destempero e da ridicularização. Às vezes isso era engraçado. Outras, nem tanto.

Ninguém segura

Por conta disso, J. Aquino bateu e apanhou. Reza  lenda que no auge da ditadura, ele ficou fora do rádio por ter brincado com o slogan do governo Médici – “ Ninguém segura esse País”.

“É porque passaram vaselina!”, brincou o radialista.

Se deu mal

Mas em tempos de AI-5 e com a “redentora” marcando cerrado, não era hora pra brincadeiras. Carrapeta foi chamado pela censura para explicar o que queria dizer com aquilo. Por muito pouco não foi dormir no xilindró.

Ovo de codorna

Ainda no regime de exceção, surgiu uma lenda urbana de que ovo de codorna resolvia o problema de ereção de homens em idade avançada. Por conta isso, Luiz Gonzaga gravou um baião que dizia “ eu quero ovo de codorna pra comer/ o meu problema ele tem que resolver…”

Ofereceu ao presidente

Foi aí que, sem medir as consequência, Aquino, em seu programa de rádio ofereceu a música ‘Ovo de Codorna’ ao presidente Castelo  Branco. Dessa vez foi afastado do rádio por um tempo.

Juro que não aconteceu

Já no período democrático, depois da anistia, nas várias entrevistas que concedia em época de eleição, J. Aquino negava que qualquer um desses episódios,  de fato, tenha  acontecido.

É fake

Se já existissem em sua época as redes sociais, com certeza ia dizer que “é fake!”

Campeão de votos

Aquino foi um campeão de votos. No entanto, quando as campanhas milionárias começaram a eleger factoides, tigres de papel, o velho Carrapeta foi perdendo graça.

Trocou o nome

Também existem até aqueles que arriscam a dizer que ele deixou de se eleger quando decidiu trocar o apelido Carrapeta – que nunca gostou –, pelo registro J. Aquino, que o seu eleitor não sabia quem era.

Thutchuca baré

O vereador Sassá da Construção Civil (PT) criticou a atuação do secretário Luiz Castro e do subsecretário, Professor Bibiano, à frente da Seduc. O petista chamou a dupla de “tchutchuca” por conta do impasse quanto ao reajuste salarial dos profissionais da educação do Estado.

À lá Zeca Dirceu

Sassá usou a mesma expressão que o deputado Zeca Dirceu (PT-PR) utilizou para criticar o ministro da Fazenda Paulo Guedes na semana passada.

Falar é fácil

O vereador petista disse que tanto Luiz Castro quanto Bibiano, quando eram parlamentares – Luiz é ex-deputado estadual e Bibiano vereador de Manaus – vociferaram em favor dos professores e agora que podem, se colocam contra os “mestres”.

É a mãe!

Ainda bem que Luiz castro e Bibiano não se valeram da reação do ministro Paulo Guedes para rebater  COMPARAÇÃO.

“Tchutchuca é a mãe, a vó, a filha..”

Virou piada

Pegando carona nos apelidos, o vereador Chico Preto (PMN) parabenizou o colega Professor Samuel (PHS) pelo projeto de tornar a prática de soltar papagaio como patrimônio histórico, cultural e imaterial de Manaus:

“Vossa excelência mostrou que não é tchutchuca e sim tigrão, passando cerol na mão com esse projeto.”

Força da imprensa

No último dia 27 de março, uma quarta-feira, a jornalista Eliane Cantanhêde teve sua reputação e anos de experiência no jornalismo colocados em julgamento por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PSL). Isso porque ela anunciou na GloboNews a decisão de Bolsonaro em demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrígues.

Pau na Eliane

Poucas horas após o anúncio, o próprio presidente usou o Twitter para negar as afirmações de Cantanhêde, e ainda se disse vítima de fake news.

O que ele disse

“Sofro de fake news diárias. A mídia cria narrativas de que não governo, sou atrapalhado, etc. Você sabe quem quer nos desgastar para se criar uma ação definitiva contra meu mandato no futuro”, escreveu o presidente.

E agora, quem estava certa?

Quer dizer. A jornalista Eliane Cantanhêde foi vítima de ataques na web e desmentida pelo próprio presidente. Duas semanas depois, surge a prova de que ela tinha razão.

Hospital militar

Em reunião da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), o deputado delegado Péricles (PSL) disse que irá apresentar um projeto que sugere a implantação de uma unidade hospitalar militar, que realizaria atendimento de saúde para toda a população.

EM ALTA

Um brasileiro que catou papelão para pagar passagem de ônibus para estudar, conquistou uma vaga no curso de doutorado em Filosofia em uma universidade no Chile. Jefferson Dionísio de Souza, de 24 anos, criado da periferia de São Vicente, no litoral de São Paulo, já está morando no país e cursa doutorado em Filosofia na Pontificia Universidad Católica de Valparaíso (PUCV). Ele é o primeiro da família a cursar uma faculdade.

EM BAIXA

No dia 2 de abril de 2019, o cientista social e dramaturgo Rodrigo França foi eliminado da 19ª edição do reality show Big Brother Brasil, da TV Globo. Especializado em direitos humanos, Rodrigo França é negro, de uma família praticante do candomblé e milita contra o racismo. Segundo o delegado Gilbert Stivanello, da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância), França vai  sobre uma outra participante, Paula von Sperling, como parte de um procedimento que apura se houve “injúria e preconceito alusivo à religião”. De acordo com informações da revista Quem, Paula é acusada por ter afirmado que tinha medo de Rodrigo devido a suas práticas religiosas, ligadas à cultura negra.

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