Ir para o conteúdo

Acostumado a exportar artistas para os carnavais de todo o Brasil, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, desta vez o boi Caprichoso fez um movimento inverso. O Azul e Branco contratou o carnavalesco Paulo Barros, conhecido por inovar na passarela do Sambódromo. O anúncio foi feito pelo presidente do bumbá, Babá Tupinambá, a noite desta sábado, 04/111.

“Temos que ser melhor que nós mesmos. Não vamos ser carnavalescos, vamos manter a tradição, mas seremos mais ousados”, disse Babá.

De acordo com o presidente, Paulo Barros fará uma espécie de consultoria para que o bumbá consiga levar novidades à arena do bumbódromo, sem que perca suas características. Além do carnavalesco, o Caprichoso ainda anunciou a contratação de duas empresas, uma norte americana e outra inglesa, para a produção de efeitos especiais.

Nunca ninguém revolucionou tanto o carnaval do Rio de Janeiro nos últimos anos como Paulo Barros. Foi o carnavalesco que tirou a Portela do  jejum de 33 anos sem ganhar um titulo. No carnaval deste ano, depois de dar o tão sonhado título à Portela, anunciou que, para o próximo carnaval, sua assinatura será dada ao enredo da Vila Isabel.

Reconhecido por levar inovação à Marquês de Sapucaí, Paulo Barros iniciou sua carreira como carnavalesco em 1994. Dez anos depois veio a consagração de seu trabalho, quando a Unidos da Tijuca ficou em segundo lugar na disputa. A ousadia de seu trabalho foi o que lhe garantiu maior projeção.

Ele chegou a levar para a Sapucaí um carro alegórico de cabeça para baixo, literalmente. Fez uma réplica do DNA humano usando corpos pintados. Para encantar público e jurados, “arrancou” a cabeça de integrantes de uma comissão de frente e fez outros foliões trocarem de roupas na avenida em passes de mágica. Ele chegou, ainda, a levar uma pista de esqui para o Sambódromo.

Em 2017, foi a quarta vez que Paulo Barros foi campeão no Grupo Especial do carnaval carioca – as outras três vezes foram pela Unidos da Tijuca. A Portela, na qual o carnavalesco estava pelo segundo ano seguido, levou para a avenida um enredo que falava sobre os rios. “Quem nunca sentiu o corpo arrepiar ao ver esse rio passar” foi inspirado em uma composição de um ilustre portelense: “Foi um rio que passou em minha vida”, de Paulinho da Viola.

 

Publicidade ATEM
Publicidade TCE
Publicidade CIESA
Publicidade BEMOL
Publicidade UEA

Mais Recentes