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Da infância pobre no bairro Coroado, zona Leste de Manaus, à morte da mãe – quando ele tinha apenas 7 anos – e os dias em que ele não tinha nem o que comer, foram alguns dos temas de uma conversa franca que o campeão dos galos do One Fighting Championship teve, nesta sexta-feira (31), com os alunos de Taekwondo do projeto Esporte Educacional e Sustentabilidade (EES), que é realizado pela Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA) com patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental. O bate-papo aconteceu na quadra da escola municipal Nova Vida, que funciona no Mauazinho, Zona Leste.

“Quando eu vejo vocês, vejo a mim. Eu nasci no Coroado, eu não tive uma boa educação, então vocês estão melhores que eu”, declara o campeão, lembrando do quanto é difícil para uma criança crescer em locais de vulnerabilidade social.  Do Coroado, Bibiano ainda foi morar no município de Lábrea, no interior do Amazonas. “Minha mãe faleceu quando eu tinha 7 anos. Meu pai não tinha dinheiro, então ele me mandou lá para Lábrea, que é longe pra caramba daqui”, recorda. 

A vida no interior não tirou do menino Bibiano o sonho de vencer na vida.  E o segredo para chegar lá, ele revela aos pequenos: “acreditar em si mesmo! Eu sempre acreditei muito em mim. Escutar as pessoas. Eu sempre escutei as pessoas que me ensinavam algo. Então, crianças: escutem seus pais, seus professores, seus mestres”, aconselha.

Para conquistar o sonho de ser campeão do mundo, Bibiano mudou para o Rio de Janeiro ainda na adolescência. “Eu não tinha dinheiro para treinar, eu não tinha dinheiro para comer. Eu tinha que limpar a academia, mas eu continuei treinando, depois disso as portas foram se abrindo”.

No Rio, o lutador começou a se destacar nos campeonatos de jiu-jitsu e chegou a conquistar cinco títulos mundiais no tatame.

Sem adversários pela frente, ele ouviu o conselho de um amigo e decidiu se dedicar às artes marciais mistas. Foi assim que ele conquistou de vez seu lugar no mundo. No MMA, o amazonense conquistou o cinturão do Dream, e depois foi campeão no One Fighting Championship, a maior organização de artes marciais da Ásia. No evento ele ficou conhecido como “The Flash”, referência ao super-herói da DC Comics, pela a velocidade com que ele encerrava seus combates.

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