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A Polícia Civil do Amazonas cumpriu nesta quinta-feira, 5/3, mandados de busca e apreensão na casa do presidente afastado do Sindicato dos Rodoviários de Manaus, Givancir Oliveira. Durante a diligência no imóvel em Iranduba, a polícia apreendeu um arsenal de armas de fogo, munições, granadas de efeito moral, lançadores e gás de pimenta. Cinco pessoas foram presas. Givancir Oliveira está preso desde a segunda-feira, 2/3, e é investigado pela morte do primo de uma ex-funcionária, que também foi alvo de atentado. As informações são do Portal Toda Hora.

O delegado Geraldo Eloi, titular da 31ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Iranduba, deflagrou ação policial no fim da manhã, com intuito de cumprir mandado de busca e apreensão na residência Givancir Oliveira. Durante a ação, cinco pessoas foram presas, sendo que quatro são policiais militares. Oito armas de fogo (quatro pistolas, dois revólveres e espingardas calibre 12) e quatro veículos foram apreendidos. Algumas armas estavam com numeração raspada.

Segundo o delegado, a diligência é uma das etapas da investigação que apura o homicídio de Bruno Guimarães, 24, ocorrido no quilômetro 6 da Rodovia Carlos Braga, em Iranduba, no último sábado, 29/2.

“Eu representei após ouvir algumas pessoas pelo mandado de busca e apreensão na residência do acusado. Esse mandado foi deferido. Nós realizamos, hoje, o trabalho pela manhã. Fomos recebidos por uma pessoa que se dizia responsável pela segurança da casa. Fizemos revista pessoal nas pessoas e buscas nos veículos. Conseguimos encontrar armamento e munição nos veículos e as pessoas também estavam portando armas. Uns se identificaram como policiais militares”, detalhou o delegado.

Dentro do imóvel, a Polícia Civil apreendeu também alguns equipamentos que poderão auxiliar na elucidação do crime. Os presos foram levados para delegacia e autuados em flagrante por porte e posse ilegal de arma de fogo de uso restrito e permitido.

“O inquérito policial continua. O senhor Givancir continua preso à disposição da delegacia. Nós iremos dar sequência em ouvir mais pessoas assim que identificarmos mais testemunhas. Além da própria vítima que sobreviveu. Pretendemos concluir o inquérito policial para encaminhar ao judiciário para que a Justiça tome as providências”, explicou o delegado.

O advogado de Givancir Oliveira, Orlando Bentes, disse que a defesa tem recebido apenas as informações que foram divulgadas pela imprensa. “Não foi fraqueado para defesa, até o presente momento, qualquer novidade no tocante as diligências policiais e também não foi juntado aos autos qualquer elemento do que tenha sido promovido hoje. A defesa, inclusive, já com acesso aos autos atualizados periodicamente e viu que nada foi juntado. A defesa está aqui na Delegacia de Polícia de Iranduba desde às 11h, solicitando que essas informações sejam repassadas. No mandado de busca e apreensão, tem uma ordem expressa do juiz para que todas provas sejam também fraqueadas à defesa. O que não foi feito até o momento”, disse o advogado.

A defesa do presidente afastado do Sindicato dos Rodoviários alega que a prisão do Givancir Oliveira não é necessária e foi uma medida extrema.

O Caso

O crime ocorreu no dia 29 de fevereiro, em Iranduba. Segundo a família da vítima, Bruno levou o primo Delisson, também conhecido como travesti Thelssy. Ela é ex-funcionária de Givancir e foi até casa do presidente afastado do Sindicato dos Rodoviários para receber o pagamento da rescisão. Na casa, patrão e ex-funcionária discutiram e Thelssy foi embora na moto de Bruno.

Porém, Givancir e três homens não identificados, segundo relatos da testemunha, começaram uma perseguição em um carro. Thlessy afirmou que Givancir sacou uma arma e mesmo após súplica, atirou contra os primos. Bruno acabou morrendo no local e a ex-funcionária de Givancir foi encaminhada ferida a um hospital de Manaus para atendimento médico.

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