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O plenário do Senado aprovou a realização de uma diligência nos municípios amazonenses de Tabatinga e São Paulo de Olivença a fim de averiguar a denúncia de massacre de indígenas na região do Vale do Javari. Além disso, os senadores vão verificar a suspensão das atividades das bases de proteção a índios isolados na Amazônia da Fundação Nacional do Índio (Funai).

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), autora do pedido de diligência, diz que o agravamento dos problemas na região pode estar relacionado aos cortes orçamentários sofridos pela Funai.

“Isso resultou na suspenção das atividades de cinco bases de proteção a índios isolados na Amazônia, deixando dezenas de tribos isoladas sem defesa contra garimpeiros, fazendeiros e madeireiros”, protestou a senadora.

O Ministério Público Federal no Amazonas, em conjunto com a Polícia Federal (PF), instaurou no dia 29 de agosto uma investigação sobre suposto massacre de indígenas isolados, na Terra Indígena Vale do Javari, ocorrido no mês passado.

A suspeita é que um grupo de garimpeiros ilegais tenha executado pelo menos dez pessoas, incluindo mulheres e crianças.  A área sob investigação fica nas imediações dos rios Jandiatuba e Jutaí, próximo à fronteira com o Peru, a cerca de 1.000 quilômetros de Manaus.

Os senadores querem ouvir na região os representantes da Funai na região do Alto Solimões; da Polícia Federal na região de Tabatinga; o procurador da República no Amazonas, Alexandre Aparize; procurador da República em Tabatinga, Pablo Beltrand; representação do Exército na região de Tabatinga; representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira – COIAB;  o presidente da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja), Paulo Marubo; o líder da Tribo Warikama Djapar, habitante do território indígena de Vale do Javari,  Adelson Kora Kanamari; e o cacique geral de São Paulo de Olivença, Francisco Tikuna.

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