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Governo reduz em R$6,1 milhões os investimentos em Segurança Pública no AM

Mesmo com a onda de violência que se agravou nos últimos meses no Amazonas, com a disputa entre facções que brigam pelo domínio do narcotráfico na região, o Governo do Estado, hoje sob a responsabilidade de Amazonino Mendes (PDT), reduziu os investimentos na política de segurança pública, que caíra de R$75,5 milhões para R$ 69,3 milhões, entre 2017 e 2018, conforme mostra a tabela de despesas da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), do portal Transparência, ferramenta legal de acesso público.

O tema Segurança Pública tem pautado debates e gerado polêmicas, já que a opção escolhida pelo atual governador, que tenta se reeleger, no próximo domingo, foi contratar uma empresa estrangeira, a Giulianni Security & Safety LLC, através da Casa Civil do Estado, para elaborar o relatório que ajudará na formulação de ações para o combate à criminalidade, hoje descontrolada nas ruas da capital e do interior. O contrato com a consultoria americana foi assinado sem licitação e custará aos cofres públicos R$ 5,6 milhões, dos quais quase R$ 3 milhões já estão pagos.

Enquanto isso, a população continua sofrendo com constantes homicídios, tiroteios e latrocínios que deixam entre as vítimas, pessoas suspeitas de envolvimento com o tráfico de drogas, mas também, inocentes, que vivem um caos sem precedentes e a insegurança diária.

As informações da SSP mostram que os pagamentos feitos entre janeiro e setembro deste ano são R$ 6,14 milhões menores que os executados nos nove primeiros meses de 2017. No período, o Amazonas amargou uma crise política que acabou afetando todas as áreas, e deu início à dança das cadeiras entre três governadores: o primeiro foi José Melo, do Pros, que foi cassado pela Justiça Eleitoral por compra de votos na campanha à sua reeleição.

Depois, o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, deputado David Almeida (PSB), que concorre ao cargo de governador, assumiu o volante, como interino, por pouco mais de cinco meses. Em seguida, Amazonino Mendes, atual governador, foi eleito nas eleições suplementares, como governador tampão, até o final do exercício vigente.

A violência descontrolada em Manaus tem sido evidenciada há meses pelas mídias local e nacional, com destaque em programas de grande audiência, como o Profissão Repórter, da Rede Globo. Em resposta, recentemente, o secretário extraordinário de Governo, coronel Walter Cruz, nomeado para coordenar os órgãos e ações no setor, anunciou que 15 delegacias funcionariam em regime de plantão na capital, Manaus.

Mas, a imprensa mostrou que nem todas estão a pleno vapor e que, algumas delas, funcionam com número insuficiente de policiais, o que coloca a vida dos investigadores em risco. Um exemplo é o que ocorre no 29 Distrito Integrado de Polícia (DIP), na zona Leste de Manaus.

Na semana passada, um vídeo gravado pela investigadora Benae Limoeiro, mostrou que o local, instalado em uma das zonas mais perigosas da cidade, só dispunha de um plantonista na madrugada. Revoltada, ela disse que havia pedido apoio à Delegacia Geral, sem o devido retorno.

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