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Eleição de Amazonino desenha novo quadro para o Senado

Há quem diga que o resultado da eleição deste domingo (27), que consagrou o veterano Amazonino Mendes (PDT) como o único político na história do Amazonas a se eleger governador quatro vezes, deverá influenciar a política no Estado pelos próximos 10 anos. Isso, se ele honrar o trato feito com o senador Omar Aziz (PSD) e guindá-lo ao governo do Estado em 2018.

Se não influenciar o processo político pelos próximos anos, Amazonino pelo menos já mudou o quadro para o Senado Federal, levando em conta que o desgaste político pode influenciar na decisão de Vanessa Grazziotin e Eduardo Braga de disputarem ou não a reeleição para o Senado. Alfredo Nascimento (PR), que tinha este sonho, deve abortar a missão.

Neste caso, com a saída de Omar do Senado para o Governo, assume a vaga o primeiro suplente, Dr. Helder Cavalcante. Então, Amazonino poderá eleger senadores dois nomes do seu time – Pauderney Avelino (DEM) e Silas Câmara, membros da tropa de choque que trouxe de volta o Negão. Arthur Neto (PSDB), que estava no mesmo barco, também é cogitado para o Senado novamente.

Explicando melhor. Braga e Grazziotin podem estar dentro das previsões de que a renovação de dois terços do Senado nas eleições do ano que vem vai atingir em cheio alguns senadores de esquerda, que costumam fazer barulho na Casa e defender os governos de Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva. É o caso de Vanessa que, diante desse fantasma, poderá disputar a Câmara dos Deputados, onde se reelegeria com facilidade.

Em relação ao futuro de Braga, que acaba de perder sua terceira eleição – uma para prefeito quando tentou eleger Vanessa sob sua benção -, uma para o governo quando foi derrotado por José Melo (PROS) e agora para Amazonino -, ele poderá ser tentando a ir à forra, candidatando-se, mais uma vez, ao governo, onde deverá enfrentar Aziz, apoiado por Amazonino que vai estar com as duas máquinas na mão.

Será que Braga se convencerá que tem mais chances como deputado federal?

Outros tempos

O quadro para o senado e 2018, está quase desenhado. Dos 16 senadores mais atuantes do grupo ligado a Lula e Dilma, 12 vão encerrar seus mandatos – sete deles petistas. E o cenário para tentar uma reeleição aponta para dificuldades. Vários devem sair candidatos a deputado federal.

Os tempos são outros. Os que desejam se reeleger sabem que a realidade de 2018 será bem diferente da de 2010, quando conquistaram seus mandatos. Seus partidos foram atingidos por denúncias nesses últimos oito anos e os “outsiders” andam ganhando espaço com o discurso de aversão ao político tradicional.

Nomes de outras legendas que ganharam destaque como defensores do mandato de Dilma e opositores do governo Temer também vão deixar a Casa e enfrentar novamente as urnas. São os casos da senadora do Amazonas, Vanessa Grazziotin e Randolfe Rodrigues (Rede-AP). No opositor PMDB, o desfalque será de Roberto Requião (PR), outra incógnita. Pelo menos, em relação a Vanessa, não pode dizer que ela abandonou Lula e Dilma, quando eles caíram em desgraça. Como muitos fizeram.

Omar, Pauderney e Silas são peças fundamentais para 2018

Foto: Clovis Miranda

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