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A ex-deputada federal e ex-superintendente da Suframa, Rebecca Garcia (PP), foi acometida, neste final de semana, de uma síndrome comum nos últimos anos na política local: a “Síndrome de Marcelo Ramos”.

O principal sintoma dessa “doença” é matar a ascensão de pessoas que se destacam no cenário político amazonense antes mesmo que elas consigam alçar voos mais altos. A síndrome foi batizada com esse nome, pois Ramos é um caso emblemático do vírus. Vale lembrar que após conseguir votação expressiva na disputa pelo Governo do Estado em 2014 e prefeitura de Manaus em 2016, decidiu, em 2017, ser vice de Eduardo Braga na eleição suplementar para Governador, logo aquele quem ele mais combatia e até mandou “ ajoelhar no milho”. Foi o suficiente para Marcelo cair no descrédito, até porque eleitor não é burro.

O mesmo destino

A mesma situação aconteceu com Rebecca Garcia. Depois de surgir como uma nova opção nas eleições do ano passado, pregando independência, moralidade e empunhando a bandeira do combate ao que chamou de “velha política”, no final de semana confirmou que será vice de Amazonino Mendes (PDT) no pleito de outubro.

Mudou o discurso

No domingo, na convenção do PDT, chegou a ser deprimente a rasgação de seda que Becca dedicou a Amazonino. Justamente aquele que ela combateu na campanha passada com garras de leoa, o que encantou o eleitorado e atraiu o apoio do então governador  David Almeida (PSB).

Overdose de Mazoca

Rebecca foi além. Disse que as pesquisas mostram que “o povo ainda quer Amazonino no comando do Estado e que por isso, não poderia tomar outro caminho”.

É pouco

A moça deve estar achando que quatro mandatos no governo e três na prefeitura de Manaus – isto é, 24 anos de poder, ainda é pouco.

Tá errado, Becca!

Rebecca só esqueceu que em todas as pesquisas realizadas até o momento, quem lidera não é nenhum candidato, e sim os indecisos e aqueles que afirmam que votarão branco ou nulo. E mais, que Mendes perde em todos os cenários no segundo turno.

Eu amo o poder

O governador Amazonino Mendes (PDT) continua usando o mote do “ amor” para responder à sua ambição de chegar ao 5º mandato.

“Por que eu quero ser Governador? A resposta é simples. É por você, é pelo meu Estado que tanto amo e sempre amei”, disse.

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Mas isso parece que funciona como publicidade de palanque. Na prática, o buraco é mais embaixo.

Casa desarrumada

Na campanha para as eleições suplementares, Mazoca cansou de repetir que para ele bastava um, ano e dois meses para “arrumar a casa e depois entregar para o aliado da hora, Omar Aziz.

Quero mais

Agora, em suas redes sociais, vem dizendo que  um ano é pouco para “arrumar a casa”. “A missão que vocês me deram no ano passado foi cumprida. Todos sabemos que um ano é pouco. Isso é trabalho, é respeito, é amor!”

Nem uma, nem outra

Quer dizer, o governador não fez nenhuma coisa e nem outra. Nem arrumou e casa e muito menos abriu o espaço prometido para Omar retornar ao poder.

Vira-casaca

Se Rebecca Garcia foi acometida pela Síndrome de Marcelo Ramos, o deputado federal e pré-candidato ao Senado Alfredo Nascimento (PR) ganhou o título de vira-casaca do ano. Alinhado com o senador Omar Aziz (PSD) há um bom tempo, decidiu se abrigar debaixo da cobertura de Amazonino Mendes.

Amigo da onça

A decisão não causa reflexos somente na imagem de Alfredo. Mas,  cria constrangimento dentro do próprio partido, uma vez que os deputados Sabá Reis e Cabo Maciel são ferrenhos opositores de Amazonino na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

O cara da CPI

Sabá, inclusive, é o autor do pedido de abertura de CPI para investigar a prática de dispensas de licitação adotada pelo governador.

Cuspiu no prato

Aliás, em se tratando de Alfredo isso não surpreende. Foi ministro dos Transportes de Lula e de Dilma, por mais de sete anos e, no final cuspiu no prato em que comeu: votou no impeachment da presidente.

Quem é Bosco?

Confirmado os nomes de Hissa Abrahão (PDT) e Alfredo Nascimento (PR) como pré-candidatos ao Senado na chapa encabeçada por Amazonino, fica uma pergunta no ar: o atual vice-governador, Bosco Saraiva (Solidariedade) foi colocado para escanteio pelo Negão?

Pai ingrato

Bosco foi fiel a Amazonino desde a primeira hora. Sonhou ser Senador, mas não teve apoio do “chefe”. Diz que arriscará uma vaga na Câmara Federal, mas nos bastidores dizem que no final das contas, será mesmo é candidato a deputado estadual.

Velha prática

Circulou no Whatsapp no final de semana, um áudio atribuído ao coronel Mauro Marcelo Freire, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, convocando a corporação a participar da convenção do PDT, que confirmou Amazonino como candidato ao governo, no último domingo (29), numa casa de festas na Ponta Negra.

Campanha na caserna

Na mensagem, o coronel lembra que Amazonino concedeu promoção aos militares e que ficaria muito feliz de ver os subordinados no local ombreados com o governador.

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Só esquecerem de lembrar o comandante-geral que a prática fere a Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e pode resultar em uma ação por parte da Justiça Eleitoral contra o governador.

Déjà Vu

A mesma história aconteceu em 2014, com o então governador José Melo, que segundo o Ministério Público Eleitoral usou a Polícia Militar em seu favor nas eleições.

Zap do Omar

O senador Omar Aziz, pré-candidato ao governo do Amazonas, que já usa com intensidade suas redes sociais para divulgar suas atividades o Congresso Nacional, resolveu criar o “Zap do Omar”.  A ideia é criar uma proximidade com o eleitor através do aplicativo Whatsapp.

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“Quero te ouvir no meu  Whats 99201-0055. Mande mensagem com sua pergunta, sugestão ou opinião”, disse o Omar em uma publicação em sua página no Facebook.

EM ALTA

A primeira McLaren Senna, carro esportivo feito em homenagem ao tricampeão brasileiro Ayrton Senna (*1960 – 1994+) foi entregue na semana passada ao milionário britânico David Kyte.  O preço de cada uma deve ficar em torno de R$ 8 milhões, com todos os impostos.

EM BAIXA

Políticos que sofrem de amnésia toda vez que chega o período eleitoral.  Esquecem com facilidade o que diziam de seus adversários no passado e se aliam a eles na maior cara de pau, passando a elogiá-los como se nunca os tivesse criticado. Talvez acreditem que o eleitor também sofre de amnésia.

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