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Caprichoso encerra festival em noite de emoção de Brena Dianná

Parintins – AM – Em noite emocionante, o Boi Bumbá Caprichoso teceu com muita arte a “Revolução pelo Saber Popular” e fechou, com chave de ouro a trilogia do tema “Saber Popular: uma revolução ancestral”. A emoção azulada foi vivida durante todo o espetáculo de despedida do 53º Festival Folclórico de Parintins, na madrugada desta segunda-feira, 02 de julho.

O primeiro impacto azul veio com artesãs tecendo ao vivo seus artefatos em cipó e palha, lembrando a ancestralidade da arte parintinense, em uma justa homenagem aos artistas da Ilha do Boi Bumbá. Seguido da aparição da sinhazinha da fazenda Valentina Cid no conjunto alegórico “A Cabocla Artesã”, dos artistas Makoi Cardoso e Glemberg Castro, numa grande homenagem às mulheres na figura de Maria do Povo e das artesãs amazônicas no teçume do saber ancestral.

A sinhazinha da fazenda Valentina Cid

Depois foi a vez de Juarez assinar a alegoria que prestou homenagem ao missionário irmão Miguel de Pascale, encerrando a evolução da figura típica regional, enquanto David Assayag incendiava a galera com a toada “Viva a Cultura Popular”. Em uma cena de ousadia e desafio, a Porta-estandarte, Marcela marialva veio do alto, em uma borboleta multicores gigante.

Emoção da Rainha

Em novo momento de emoção, sob os acordes do violão de Sebastião Tapajós, o apresentador Edmundo Oran protagonizou a abertura da Lenda Amazônica “O Boto Romanceiro”, com alegoria assinada pelo artista Márcio Gonçalves. No meio do quadro alegórico aparece a Rainha do Folclore, Brena Dianá, para se despedir do festival após des anos como item. Lágrimas e emoção tomaram conta de Brena e da galera azulada.

O boitatá foi uma das alegorias mais elogiadas

Mostrando que o espetáculo foi produzido para emocionar, a Exaltação Folclórica “Boitatá, Cobra de Fogo”, produzida pelo decano Juarez Lima, que contabiliza 38 festivais, trouxe para a arena uma concepção moderna, sem perder a tradição, desta lenda conhecida pela encartaria amazônica, a nossa cobra grande, a sucuriju. A alegoria gigante trouxe a cunhã-poranga Marciele Albuquerque, para evoluir e disputar o item 09.

Em noite diferenciada, a Nação Azul e Branca brincou de boi e encerrou a noite com o trabalho do jovem Jucelino Ribeiro e equipe, a sabedoria ancestral dos velhos pajés Makurap, dos vales do Guaporé e Rio Branco, no estado de Rondônia, que após inalarem o rapé de angico, ensinam que após a morte, a alma deixa o corpo, e inicia uma épica epopeia rumo a maloca “Dowari”, a morada dos mortos, no ritual de transcendência makurap com a toada “Dowari – O Caminho dos Mortos”.

Tradição também marcou a apresentação do boi

Texto: Floriano Lins e Lívia Anselmo

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